A Turner ainda não sentiu os efeitos da crise. A afirmação é do vice-presidente regional da Turner International do Brasil, Anthony Doyle. Ele diz que, em termos de distribuição, não houve perda por parte dos canais da programadora e ele não acha que as pessoas vão deixar de assinar TV devido à crise. Doyle acredita que os efeitos da crise no Brasil podem ser sentidos dentro de alguns meses.
Já no lado comercial, embora a expectativa para 2009 seja positiva e otimista, há uma dificuldade maior em fechar os grandes pacotes. Quem conta é o vice-presidente de vendas publicitárias e marketing da Turner International do Brasil e Turner Miami, Rafael Davini, que disse que, normalmente, a programadora já começa o ano com 35% a 40% dos pacotes vendidos. "Os anunciantes estão mais cautelosos, esperando para ver o que vai acontecer", diz. Enquanto isso, a programadora comercializou três pacotes pequenos. "Os maiores anunciantes ainda estão se preservando".
Para 2009, Davini conta ainda que há uma certa dificuldade em comercializar as cotas de patrocínio do Oscar, premiação do cinema que acontece no dia 22 de fevereiro. Os motivos seriam a cautela dos anunciantes, e a data em que o evento ocorre no ano que vem: domingo de carnaval.
Classe C
Durante a apresentação dos novos canais e da nova programação à imprensa nesta terça-feira, 25, Anthony Doyle procurou reforçar a estratégia da empresa de lançar opções para preencher a demanda dos novos players que estão entrando no mercado de TV paga e dos que querem conteúdo para outras classes sociais. "Os operadores estão expandindo as suas ofertas para novos públicos, como a classe C, e queremos acompanhar essa demanda", disse.
Canais como Tooncast, Space e Infinito, que são dublados, são as principais investidas da programadora para os pacotes oferecidos a públicos de menor poder aquisitivo. "Esses canais têm custo-benefício atraente para quem está fazendo pacotes para a classe C", diz Doyle.
