A rede CNT de televisão, sediada em Curitiba/PR, deixou de transmitir o seu sinal analógico no satélite Brasilsat B1. Há rumores no mercado de que isto aconteceu devido ao atraso no pagamento à Embratel pelo serviço e que a rede estaria passando por sérios problemas financeiros. O sinal da CNT, que ocupava meio transponder no B1, agora é transmitido apenas no Brasilsat B3, em formato digital, num transponder sublocado pela Impsat. Este tipo de transmissão é bem mais barata, uma vez que o sinal digital pode ser comprimido, ocupando apenas uma pequena porção da capacidade de um transponder.
Os primeiros reflexos do corte do sinal analógico da CNT são as alterações apressadas em headends de operadoras de TV paga que transmitiam o sinal recebido do satélite e, principalmente, o fim da audiência do canal por espectadores que o recebiam através de sistemas analógicos de banda C. Hoje há cerca de 6 milhões de sistemas deste tipo instalados no país. O sinal da CNT no satélite já vinha sendo diariamente cortado, há alguns meses, após as 23h00. A Embratel não informa o motivo do corte do sinal, explicando que não dá informações individuais sobre seus clientes. Mas adianta que, como uma empresa privada, tem o direito de cortar clientes inadimplentes.
O sinal de rede da CNT passou a ser transmitido em um sistema digital não codificado, ainda em banda C. Para captá-lo, é preciso usar um receptor do padrão MPEG2-DVB. São os seguintes os dados necessários para captar o sinal. Posição orbital do Brasilsat B3: 84ºW; Freqüência do sinal: 1.075 MHz; Polarização: horizontal; Symbol rate: 04444; FEC: 3/4; PID de vídeo: 0289 (decimal) ou 0121 (hexadecimal); PID de áudio: 0290 (dec) ou 0122 (hex); PID de PCR: 0289 (dec) ou 0121 (hex).
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