Encerramento do Festival Filme Possível tem pitching de projetos com players do mercado audiovisual

Após quatro meses de cursos, lives e masterclasses, além de exibições e competições de curtas e longas metragens, o Festival de Cinema Filme Possível, evento 100% online e gratuito viabilizado pelo Funcultura de Guarulhos e pela Lei Aldir Blanc, será encerrado nesta quarta-feira, dia 26 de maio, com um pitching que terá a participação de grandes players do mercado audiovisual.

Depois de um processo de seleção, dez projetos em diferentes etapas de desenvolvimento foram escolhidos para receber a mentoria com o produtor Guilherme Severo e o roteirista Cadu Machado. Os projetos foram trabalhados de forma individual e coletiva com seus criadores a partir de seus formatos e potências, sempre pensando nesse encontro com o mercado e com o público. "Temos formatos super variados, são curtas, longas e séries que passam por documentário, ficção e animação. Para cada um deles a gente traz nosso repertório e experiência com uma abordagem mais específica de acordo com a necessidade", explica Machado. 

Segundo Guilherme Severo, o pitching é uma experiência em que cada um dos criadores tem a possibilidade de apresentar as suas ideias de maneira concisa (em até cinco minutos) para que potenciais parceiros do projeto possam se interessar: "É um momento decisivo em que, além de fechar negócio, os autores podem ouvir alguns conselhos e também muitas críticas".

A mentoria foi disponibilizada de forma gratuita pelo festival, entre os meses de março e abril, e, nesta quarta-feira os dez projetos serão apresentados a profissionais do setor cinematográfico e poderão ser desenvolvidos por produtoras, canais e distribuidoras.

Entre os players que terão acesso aos projetos estão a Globo Filmes; a distribuidora Vitrine Filmes; o produtor Roberto Dávila, fundador da Moonshot Pictures; Antônio Gonçalves Junior, da Grafo Audiovisual; e Aline Belli, produtora executiva da Belli Studio, de Blumenau. 

Idealizador e curador do festival, o cineasta Guilherme Severo destacou a importância de se realizar esta intermediação entre profissionais, que estão começando no setor audiovisual, e as grandes empresas cinematográficas brasileiras: "Estamos proporcionando uma oportunidade rara. Alguns responsáveis pelos dez projetos escolhidos nunca tiveram este contato com produtoras e distribuidoras. Estamos indo além da questão artística e trabalhando, também, a parte mercadológica. Tal preparação é igualmente importante para o sucesso de um projeto e também da carreira de realizador cinematográfico. Essa iniciativa reflete os valores do festival que busca o amadurecimento do mercado de Guarulhos proporcionando oportunidades a novos realizadores". 

Para Severo, a primeira edição do festival cumpriu com os seus principais objetivos: oportunizar educação audiovisual gratuita aos novos cineastas guarulhenses, com cursos, lives e masterclasses; realizar uma ponte entre os participantes e o cinema contemporâneo nacional; além de estimular a realização de mais produções, por meio de uma mostra competitiva de curtas.

"Além disso, em conversas com profissionais premiados, como o homenageado dessa primeira edição Fábio Rodrigo, que é de Itaquaquecetuba, uma cidade da nossa região, mostramos que é possível fazer filmes autorais e bem feitos, mesmo com poucos recursos. Estou muito satisfeito com o resultado e espero manter a qualidade na próxima edição, reforçando ainda mais alguns aspectos presentes neste ano", conclui o cineasta.

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