Diretor usa câmeras digitais para evitar cortes

O último documentário participante do XII Cine Ceará, "A cobra fumou", foi todo feito com câmeras Beta digitais para garantir que não houvesse nenhuma interrupção nos depoimentos dos participantes. O longa-metragem é sobre os pracinhas brasileiros que lutaram na Itália durante a Segunda Guerra Mundial e o diretor, Vinicius Reis, explica que não queria nenhuma quebra nos depoimentos, para mostrar o sentimento dos veteranos e envolver o espectador. ?Não queria perder nenhum choro ou emoção por conta da troca da película, por exemplo, por isso optei pelo digital?, diz o diretor. Reis explica que somente utilizou 16 mm para cenas de contextualização, que não envolviam depoimentos e que resultaram em menos de cinco minutos do filme.
O longa teve um custo de R$ 400 mil e, devido ao baixo orçamento, foi feito em quase dois anos, de 1999 a 2001. ?A captação foi rápida, 15 dias no Brasil e dez na Itália, e conseguimos 80 horas de depoimentos, mas do roteiro até a aquisição de recursos o trabalho foi árduo?, afirma Reis.
?A cobra fumou? participou do Festival de Recife e ganhou um prêmio no pequeno festival de Los Angeles ? USA International Film & Festival.
Para este ano, o diretor pretende filmar outro documentário, desta vez para televisão: ?A balada dos velhos?, sobre artistas de terceira idade que, quando jovens, trabalhavam em profissões que já não existem mais, como bailarinas de circo. ?Será todo digital também e terá por volta de 52 minutos?, conta Reis.

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