Até o momento, o ano de 2009 tem sido bom para o grupo Globo, inclusive com crescimento de faturamento em relação a 2009. Sem dar números, Jorge Nóbrega, diretor de gestão corporativa e de mídias segmentadas do grupo, mostra cautela. "Os números estão bons, mas há uma grande dificuldade de planejar o ano, porque as decisões das empresas em relação a verba publicitária são tomadas mês a mês", diz. Ele explica que esta dificuldade de planejamento não afeta tanto a TV Globo, uma vez que, como já havia sido constatado em outras crises, existe uma tendência de concentração da verba nos veículos de maior penetração, mas as outras unidades de negócio do grupo têm que enfrentar essa realidade. "Além disso, existe uma grande discrepância nos efeitos da crise em setores da economia. Quando mais perto do consumidor final, menor parece ser o impacto", diz, apontando o setor automobilístico e imobiliário como os mais afetados, em contraposição ao setor de bens de consumo, que está aquecido. "Também existem variações regionais importantes. A verba para campanhas regionais, por exemplo, está mais escassa". A TV por assinatura e a Internet também têm apresentado crescimento de receitas para o grupo Globo em 2009, segundo Nóbrega. A expectativa do grupo é de pelo menos manter em 2009 as receitas e as margens de 2008.
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