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Curta “Nonna” conversa com o público infanto-juvenil sobre o uso indevido de agrotóxicos

Uma das novidades da edição de 2022 do FAM – Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul é o projeto “Conversas FAM de Cinema”, composto de sessões de filmes convidados seguidas de debates com realizadores e personagens mediados pela produtora cultural e educadora popular Adriana Gomes. 

Na última segunda, 26, o tema do encontro foi Meio Ambiente e Acessibilidade. A sessão, que contou com recursos de acessibilidades abertos – audiodescrição, janela de libras e LSE – exibiu os curtas “Por Dentro das Árvores”, de Francisco de Paula; “Teo, O Menino Azul”, de Hygor Amorim; “Assim Preto”, de Bako Machado; e “Nonna”, de Maria Augusta V. Nunes, que falam sobre assuntos como a urgência pela luta coletiva em defesa do planeta Terra para a projeção do presente e do futuro das próximas gerações, crimes ambientais, uso indiscriminado de agrotóxicos e a irresponsabilidade política vigente no país no que diz respeito, entre outras coisas, às pautas ambientais. 

Maria Augusta V. Nunes participou do bate-papo que aconteceu na sequência da sessão. Ela é a diretora de “Nonna”. No filme, a pequena Ana e sua avó vivem no campo e sofrem com os efeitos provocados pelo uso de agrotóxicos na região. Já adulta, ao reencontrar a velha casa onde viveu sua infância, Ana entende que a presença de sua avó ali é transcendental.

‘O ‘Nonna’ é um roteiro da Anne Salles – eu entrei posteriormente como co-roteirista – que falava sobre a relação dela com a avó. Ganhamos o Prêmio Catarinense de Cinema para produzir o curta. Nesse meio tempo, veio o Governo Bolsonaro, e comecei a acompanhar as notícias sobre a liberação do uso de agrotóxicos – em 2019, batemos o recorde de liberação desses produtos, inclusive de alguns que são banidos nos Estados Unidos e na Europa. Então, nós conversamos e decidimos trazer essa questão para a a história pela importância de falar disso nesse momento. É algo que traria uma camada política importante pro projeto. Trabalhamos novamente no roteiro, agora trazendo essa proposta de abordar especialmente o uso de agrotóxicos em pequenas comunidades agrárias”, contou a diretora. 

Ela revelou ainda que o filme, que é uma animação, foi pensado inicialmente para ser uma produção em live-action – mas aí começou a pandemia e todas as restrições de filmagens e a produtora, Novelo Filmes, adaptou o projeto para o formato de animação. “Fizemos uma parceira com a Plot Kids e a Nina Pinho, que é a diretora de animação, abraçou totalmente nosso projeto”, disse Maria Augusta, que nunca havia dirigido uma animação, mas gostou da experiência. “O fato de ser animação ampliou a abertura do filme com o público infantil. No começo, ele não foi pensado para o público infanto-juvenil, mas deu certo, e ele tem rodado bastantes por festivais infantis e também por mostras de produções com temáticas ambientais”, completou. 

Por fim, ela ressaltou a questão da representatividade: “Na história, a menina se torna uma cientista, o que também traz uma camada importante para o projeto. É um filme de mulheres, feito por mulheres e conta sobre uma neta e sua avó”. 

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