O longa de Emílio Domingos sobre o movimento negro que agitou o Rio de Janeiro e o Brasil na década de 70 está na Competitiva de Documentários do Festival Internacional de Cinema de Punta del Este – Cinepunta, Uruguai, e foi exibido pela primeira vez na última terça, 27. A obra foi selecionada também para 31º San Diego Latino Film Festival na Califórnia e no Seattle Black Film Festival em Washington.
O documentário “Black Rio! Black Power!” foi produzido pela Espiral em coprodução com Osmose e RioFilme e tem feito uma importante trajetória em festivais. O filme recebeu Menção Honrosa do Júri no Festival do Rio do ano passado e já participou de dez festivais e mostras de cinema no Brasil.
O Instituto Nicho 54, em parceria com o Itamaraty, exibiu o longa em sessões itinerantes do Festival Nicho Novembro nos postos consulares do Brasil em Paramaribo (Suriname), Bissau (Guiné-Bissau), Beirut (Líbano), Edimburgo (Escócia) e Buenos Aires (Argentina).
“Black Rio! Black Power!” revela o impacto dos bailes soul e do movimento Black Rio na música, na cultura e na luta por justiça racial no Brasil dos anos 70. Os bailes de soul music, que deram origem ao movimento Black Rio, eram espaços de afirmação e resistência política do jovem negro do Rio de Janeiro carioca nos anos 70. A partir das trajetórias de Dom Filó e da equipe de som Soul Grand Prix, o filme apresenta a importância da cena musical na luta por justiça racial durante a ditadura militar brasileira, sua influência no hip hop e no funk e o impacto nas novas gerações do orgulho negro e da valorização estética difundidos há décadas.
O projeto é uma produção da Espiral, em coprodução com a Osmose Filmes e a RioFilme e tem como produtores associados Dom Filó, Emílio Domingos e a Cultne. A obra foi parcialmente financiada com apoio de Ford Foundation/Just Films, Open Society Foundations e IIE – International Institute of Education – além do Programa de Fomento ao Audiovisual Carioca de 2022 da RioFilme/ Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. A direção e o roteiro são de Emilio Domingos e a produção é de Leticia Monte e Lula Buarque de Hollanda.
O documentário ainda não tem data de estreia no circuito comercial definida.
