ABTA consolida números de 2004; banda larga cresce 81%

A ABTA divulgou nesta quinta-feira, 28, em São Paulo, os números da indústria fechados para 2004. Com um crescimento da base de 6%, o setor contabiliza 3,767 milhões de assinantes de TV nas contas da associação, 367 mil assinantes de banda larga, um faturamento bruto de R$ 4 bilhões, anunciando 8,1 mil empregos diretos (patamar de 2002). Sobre os números, o presidente do conselho diretor da ABTA, Francisco Valim, destacou: "O crescimento mais relevante foi o de banda larga, onde quase que se dobrou a base em relação a 2003. Para este ano, a expectativa é de que o crescimento mantenha este ritmo". Segundo Valim, o setor de banda larga é o que representa também a maior parcela de crescimento de faturamento das empresas. O share do setor mantém as participações dos últimos anos: o cabo tem 59% de participação, o DTH, 35% e o MMDS, 6%. Para Alexandre Annenberg, diretor executivo da associação, os números indicam que "o público já assimilou a TV por assinatura como um produto importante".

Receitas

Sobre o share das receitas, a mensalidade obtida com assinatura de programação ainda responde pela esmagadora fatia do bolo: 86%. A participação do faturamento com os serviços de banda larga já empata com o de venda de publicidade, em 5%, e as receitas com PPV respondem por 3%, ficando 1% para a receita com as taxas de adesão. Sobre as previsões para 2005, Francisco Valim, que também é CEO da Net Serviços, prefere a cautela: "O crescimento para 2005 deve estar mais ou menos alinhado com o próprio crescimento do País".

Pirataria

De acordo com a ABTA, o percentual de pirataria da indústria está em 12%, índice considerado baixo. "Pode-se dividir os piratas em quatro grupos, em ordem de tamanho: o primeiro e maior é da parcela de público de baixo poder aquisitivo, que não teria mesmo renda para assinar; o segundo grupo tem renda e pirateia; o terceiro grupo é o que faz pirataria do ponto adicional dentro de casa; o quarto grupo é o de pirataria em rede". A incidência da infração é espalhada pelo Brasil, obviamente com maior concentração nos principais mercados. Mas sobre o grupo de redes organizadas, a capital do Rio de Janeiro é a praça onde ocorre em maior número. No entanto, Valim minimiza o impacto da pirataria ante os resultados do setor: "A evasão de receita é pequena e o investimento que seria necessário para a reversão do quadro não compensaria", diz.

Governo

Nas esferas regulatória, na agenda do setor continuam os esforços junto à Anatel para reversão da questão das metas de qualidades impostas ao segmento, a espera pela sua fatia no bolo do Fust ("já virou piada", disse Valim), e a questão tributária, com a discussão sobre se o que vale para o setor é ISS ou ICMS.

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