Telecine apresenta o especial "Orgulho Atrai Orgulho", com programação temática, e filme produzido pelo coletivo Colorbar

Curta brasileiro “Depois Daquela Festa” integra programação do Telecine Premium no Dia do Orgulho LGBTQIAP+ (Foto: Divulgação)

No dia 28 de junho, é celebrado o Dia do Orgulho LGBTQIAP+, em memória às revoltas de Stone Wall – acontecimentos que marcaram o início da institucionalização e organização política dos movimentos Queer. Em celebração à data, o Telecine apresenta o especial "Orgulho Atrai Orgulho", que reúne uma programação temática nos canais Premium, Touch e Cult, além de uma peça audiovisual produzida pelo Colorbar, coletivo LGBTQIAP+ formado por funcionários do Telecine, que parte do mesmo conceito para falar de Orgulho pelo viés do cinema. O vídeo do Colorbar foi produzido totalmente in-house e traz a participação de membros do coletivo, incluindo a de Yas Campbell e Wesley Mendonça, que narram a peça. Assista: 

Entre os destaques da programação do Telecine Cult, estão o documentário "Pequena Garota", exibido no Festival de Berlim; o vencedor da Palma Queer em 2019, "Retrato de Uma Jovem em Chamas"; e "Rafiki", longa que narra a história de amor entre duas mulheres quenianas de famílias rivais e que foi exibido nos festivais de Cannes, Toronto e Busan. No Telecine Premium, a programação especial começa às 17h35 com o curta-metragem brasileiro "Depois Daquela Festa", que acompanha o protagonista Léo em sua tentativa de iniciar um diálogo sobre sexualidade com o próprio pai após vê-lo beijando outro homem em uma festa; segue com "Marte Um", longa exibido no Festival de Sundance e o escolhido pelo Brasil para disputar uma vaga no Oscar 2023, e traz ainda "Minha Mãe É Uma Peça 3", às 20h, e a comédia romântica "Mais que Amigos", às 22h. O Touch entra no clima de romance adolescente a partir de 16h, com as exibições de "Descobertas do Amor" e "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho". A programação continua com "Milk – A Voz da Igualdade" e "O Segredo de Brokeback Mountain" e encerra com "O Baile dos 41". 

"A escolha dos filmes para a maratona teve curadoria do Colorbar, grupo de afinidade LGBTQIAPN+ do Telecine, junto à equipe de programadores, com o intuito de contemplar a diversidade e as orientações sexuais de grupos representados na sigla LGBTQIAPN+. No Telecine, a área de Pessoas & Cultura, as equipes de Aquisição, Conteúdo e Marketing, assim como os grupos minoritários – seja o Colorbar, Tela Preta ou o Juntos – têm suas estratégias alinhadas desde o momento da aquisição do conteúdo até o planejamento do marketing para a comunicação externa", contou Ana Beatriz Parente, head de marketing do Telecine, em entrevista exclusiva para TELA VIVA. 

Além dos títulos exibidos no especial, outros filmes com a temática podem ser assistidos na Cinelist Orgulho LGBTQIAP+, como "Indianara", "As Vantagens de Ser Invisível?", "Tomboy" e "Verão de 85", entre outros. 

"Orgulho Atrai Orgulho"

O nome da maratona partiu do conceito adotado para guiar a comunicação visual e verbal do projeto este ano. "A ideia é falar de Orgulho pelo viés do cinema, isto é, reforçar nossa posição de especialista em cinema e ao mesmo tempo exercer o papel de responsabilidade social da marca. No vídeo que produzimos internamente com o Colorbar, a mensagem é a de que o cinema sempre oferece uma história que nos traz orgulho, e quando somos livres para sermos quem somos, sentimos orgulho", explicou Ana Beatriz. 

A executiva ressaltou ainda que, nos canais, ações como estas não são feitas apenas em datas simbólicas, pois se trata de uma preocupação constante da marca. "Nos últimos anos, o Telecine tem se dedicado em tornar o apoio à causa LGBTQIA+ um assunto que perdure para além do mês de junho. E esse movimento veio conquistando espaço organicamente dentro da empresa com o amadurecimento do trabalho do coletivo, que resultou na conquista de segurança e propósito na forma de falar para fora. O objetivo do vídeo é trazer os representantes do Colorbar como porta-vozes do Telecine, mostrando pessoas e histórias reais com as quais o público dialoga e se identifica. Outro ponto importante é que gostaríamos de falar sobre Orgulho através do cinema, mas nos afastando um pouco do catálogo e direcionando o foco para as falas e histórias que já vimos nos filmes que amamos. Nosso projeto prevê uma comunicação que se sustente para além da data de 28 de junho e perdure ao longo do ano. Para o Telecine, não se trata de fazer algo grande apenas uma vez ao ano, precisamos sustentar a causa sempre. Orgulho o ano todo!", reforçou. 

Posicionamento diante de outras causas 

Ana Beatriz pontuou ainda que o Telecine mantém uma responsabilidade com outros grupos minorizados na nossa sociedade. "Atualmente, priorizamos o compromisso social com três grupos minoritários e priorizados dentro da empresa: étnico-racial, representado pelo Tela Preta; LGBTQIAPN+, representado pelo Colorbar; e pessoas com deficiência, representado pelo Juntos. Os coletivos têm o objetivo de inclusão e promoção de vivências não-heteronormativas dentro da empresa, de acolher os funcionários e, ao mesmo tempo, formar um grupo de fontes consultivas, composto por autodeclarados e aliados que ajudam na definição de pautas e aquisição de filmes relevantes para o catálogo", pontuou. 

"Nossas ações externas estão voltadas para a oferta de conteúdo inéditos e maratonas temáticas, com programação especial nos canais Premium, Touch e Cult. Internamente, nossas ações para e com o Colorbar no mês de junho incluem uma conversa com o EmpregueAfro sobre Intersecicionalidade e Transmasculinidade; uma sessão especial de 'Mais Que Amigos' para os membros do grupo; uma masterclass com Vitor diCastro para todos os colaboradores Telecine sobre a importância de celebrar a diversidade e empoderamento LGBTQIAPN+; e um almoço seguido de entrega de camisetas criadas junto ao universo do projeto", citou. 

"No atual cenário da conversa pública sobre representatividade LGBTQIAPN+, se posicionar, seja como canal de TV ou qualquer outra marca, é nossa obrigação. É o mínimo diante de tantos direitos ainda a serem alcançados. Trazendo para o nosso universo, o cinema é um convite à empatia e tem em si um poder gigantesco de gerar identificação. Nossas ações, nesse sentido, não apenas impulsionam a capilaridade de distribuição do acervo como, direta ou indiretamente, podem transformar vidas. É essencial discutir a organização e politização dos movimentos Queer sob o viés institucional, em qualquer forma de mídia, seja na TV aberta, paga ou via Internet, usando o nosso alcance para ampliar e complexificar a conversa", concluiu a executiva. 

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