Richard Santos, jornalista e doutor em Ciências Sociais, lança livro sobre o modelo da TV brasileira 

Richard Santos (Foto: Divulgação)

Em "Mídia, colonialismo e imperialismo cultural", lançamento da editora Telha, Richard Santos mostra como a televisão brasileira, sua forma de fazer, estética e branquitude contribuíram na formação do imaginário nacional muito por copiar e reproduzir por aqui o modelo de TV praticado nos Estados Unidos. O autor é jornalista, escritor, rapper e doutor em Ciências Sociais. 

O livro é fruto de seu trabalho prático e teórico de mais de duas décadas de atuação em diversos meios de comunicação e de investigação acadêmica coroada com o doutorado realizado no Departamento de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Brasília, ELA-UNB. Nele, o autor joga luz ao fato que grupos de comunicação estrangeiros investiram nas TVs privadas e, por consequência, ajudaram no enfraquecimento da comunicação pública como potencial formadora de público cidadão de maior qualificação.

O autor analisa em seu novo livro como a hipótese da criação de um discurso emancipatório e contra-hegemônico em relação às políticas de mercado e da indústria cultural poderiam alterar a situação da TV pública nacional, que tem papel de ajudar na formação cultural e como cidadão do público que a assiste. E isso em todos os seus níveis, incluindo quem apresenta tais programas – basta ver o número de loiros vs. o número de negros à frente das câmeras.

A obra avalia ainda a relação da televisão e os anseios da chamada "Maioria Minorizada". Aqui, o autor investiga o processo histórico de importação dos modelos estadunidenses de fazer televisão, faz uma comparação com a Argentina para apontar que é um modelo imposto pelas políticas de dominação do EUA na região e isso, segundo o autor, será definidor do estereótipo que domina as mídias da região, no Brasil em especial. 

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