Painel Indicador mostra retomada em 2024

(Foto: Pixabay)

O ano que passou não foi bom para o cinema brasileiro, pelo menos em sua performance em salas de exibição. Embora o público tenha retornado para as salas de cinema, a participação de mercado da cinematografia brasileira foi ínfima, de ridículos 3,2%. Os dados podem ser observados no painel interativo da ANCINE: "Indicadores do Mercado de Exibição". O ano contrasta com 2024, que antes de terminar o primeiro mês já aponta para uma retomada do cinema brasileiro, com destaque para "Minha Irmã e Eu" e "Mamonas Assassinas: O Filme", além das promessas "Nosso Lar 2 -Os Mensageiros" e "Auto da Compadecida 2", previsto para estrear no último mês do ano.

O painel da Ancine mostra que 2024 já é o ano da retomada. Nas duas primeiras semanas cinematográficas, a participação de mercado do cinema brasileiro ficou em 26,4%, superando um milhão de público, ou um quarto do público total dos lançamentos brasileiros em todo 2023. "Minha Irmã e Eu" e "Mamonas Assassinas: O Filme", os dois brasileiros melhor colocados no ranking das duas cine semanas de 2024, que ocupam, respectivamente, 3ª e 5ª posição, arrecadaram, apenas nas duas semanas, pouco mais de R$ 25 milhões.

Passado

Ferramenta da Ancine permite mapear performance cinematográfica semana a semana.

220 filmes nacionais foram exibidos em salas de cinema em 2023, arrecadando pouco mais de R$ 67 milhões. É preciso desconsiderar grande parte do volume de lançamentos, uma vez que o número é bastante inflado. São computadas todas as obras que tiveram alguma exibição comercial no período, incluindo filmes antigos que voltaram para uma ou duas exibições fechadas e aqueles lançamentos que contaram apenas com uma exibição de estreia na tela grande, saltando imediatamente para outras janelas de exibição. Estão computados, por exemplo, "Cidade de Deus", de 2002, e "Carandiru: O Filme", de 2003. Neste contexto, é compreensível que mais de 90 longas exibidos em cinema tiveram públicos de menos de 100 expectadores no ano passado.

Mesmo considerando que parte dos lançamentos são simbólicos e alguns estiveram nas salas para exibições comemorativas, a performance média ainda foi muito baixa no ano passado. Apenas 35 longas fizeram mais de R$ 100 mil, uma bilheteria ainda pífia. Um dos retornos de catálogo, embora em um contexto de trabalho para o lançamento da sequência em 2024, ficou entre as melhores performances do ano. Entre os títulos brasileiros com maior público em 2023 estava "Nosso Lar", lançado originalmente em 2010, ocupando a 20ª posição no ranking disponibilizado pela Ancine, à frente de diversos lançamentos do ano.

O principal destaque do ano foi "Nosso Sonho", longa que tem um perfil de público diferente da média e que tem o mérito de ter atraído às salas um público que não está habituado ao cinema. No ano passado, o longa ficou três meses em exibição, chegando a ocupar 1040 salas.

Em segundo e quarto lugares estão títulos que começaram sua carreira no apagar das luzes de 2023, "Minha Irmã e Eu" e "Mamonas Assassinas – O Filme", respectivamente. Com menos de quatro semanas, os dois longas superaram a performance de quase todos os lançamentos do ano passado.

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