Imprensa Mahon prepara aquecimento especial para o Rio2C com os principais players do mercado

Às vésperas da próxima edição do Rio2C, a Imprensa Mahon prepara um aquecimento especial com os players que estarão no evento e, para isso, perguntou aos principais representantes do mercado quais as expectativas e planos de negócios para o encontro.

Rodrigo Lariú, gerente de produção e programação do canal que é voltado para o público jovem fã de assuntos geeks e que entende de tecnologia e anime, revelou à Krishna Mahon que a expectativa para o Rio2C é encontrar bons projetos de séries documentais com um mínimo de oito episódios – estes, sempre com meia hora de duração cada, uma vez que a experiência do canal com programas de uma hora não foi positiva. "Quem for apresentar uma coisa pra gente tem que entender a realidade do canal: nós somos bem pequenos, trabalhamos com uma realidade de valores de produção que às vezes assusta as produtoras", alertou Lariú.

Aberto a parcerias com outros canais, o PlayTV se considera flexível nesse sentido. Em relação às produtoras, a preferência é por aquelas que tenham experiência com PRODAV 6 – ainda assim, o gerente faz uma ressalva: "Não é por isso que farei projetos de 600 mil, de um milhão. No PRODAV 6 o valor mínimo é de 200 mil. Eu prefiro fazer seis projetos de 200 mil.".

Já o Arte1, obviamente, está à procura de séries e documentários relacionados ao mundo da arte, como arte visual, teatro, música, dança, cinema, arquitetura, fotografia, literatura entre outros. Em relação aos formatos das produções que procuram, que excluem o gênero ficção, Janaína Tadeu, coordenadora de aquisições e conteúdo original do canal, expõe uma preferência por projetos de 13 programas por temporada. "Não somos engessados, mas constumamos trabalhar assim, com 13 episódios de 26 ou 52 minutos.", explicou.

No Arte1, há janelas abertas tanto para parcerias com outros canais tanto para a apresentação de projetos que já venham patrocinados. Por fim, Janaína faz uma ressalva em relação ao pitching das produtoras: "Evite enviar projetos de arte com tema muito acadêmico, muito nichado, que só vai falar com um público que tem mestrado, doutorado, e que não vai falar com um público mais amplo.".

Carlos Queiroz, o Tetel, é gerente sênior de conteúdo original dos canais FOX no Brasil – FOX, FX, FoxLife, National Geographic, Nat Geo Wild, FOX Premium 1 e FOX Premium 2 – e ressalta, de maneira geral, a busca do grupo por narrativas longevas, que possam ir até uma terceira ou quarta temporada, e que contem dramas humanos por meio de personagens cativantes e premissas fortes. Como exemplo, ele cita as séries "Me Chama de Bruna" e "Um Contra Todos", cases de sucesso do grupo FOX. Para o gerente, essa longevidade ajuda o produto a criar uma relação com a sua audiência, que passa a esperar pela continuação das histórias que acompanha. Tetel pede ainda por ousadia por parte das produtoras na hora de criar projetos inéditos, "sem modéstia", em suas palavras.

Séries premium são o grande foco dos canais Fox Premium 1 e 2; enquanto os documentários são as prioridades do Nat Geo e Nat Geo Wild. Para o FOX Life, os projetos devem ser pensados para o público feminino, visando atingir a mulher moderna, em temas que podem variar entre saúde, bem-estar, decoração, design, moda, culinária e música. Por fim, para o FX, a indicação são séries atuais e populares.

Kiko Ribeiro, gerente de conteúdo original do NatGeo Kids, do grupo FOX, deu entrevista à Imprensa Mahon sobre o que seu canal busca na Rio2C: "Estamos buscando séries de animação, series live action e programas de estúdio. Apesar da nossa grade ser de 3 a 7 anos, nossa estratégia de Produções Originais é elevar o target até 6 e 8 anos, 'roubando' um pouquinho ali dos irmãos mais velhos, para conseguir ter destaque da programação em uma grade que tem bastante conteúdo pra esse público. Por isso o interesse grande em live action, para trazer a cara da produção latino americana, lembrando que tudo o que fazemos aqui vai ao ar na América Latin inteira. Geralmente os produtos feitos lá são adaptados ao Brasil, o que fazemos aqui circula na Nat Geo Latam", explicou.

"Os projetos devem atender ao universo Nat Geo: preservação ambiente, aventura, ciências e exploração. Devem despertar curiosidades da criança através de formatos inspiradores e divertidos, sem ser professoral, e que também explore o universo transmídia. E também pensar que a ideia é puxar os pais, que também são nosso público alvo, os millenials, pra sentar e assistirem juntos com os filhos. Hoje em dia as crianças estão muito individuais nas suas gadgets. Por que não sentar e ver uma coisa divertida junto com os pais? Uma cumplicidade midiática. É um também um canal que os pais confiam, por força da nossa maraca National Geographic. Temos esse compromisso, temos que passar confiança, checar o que estamos falando. Temos toda uma responsabilidade de ser uma empresa com 130 anos de produção de conteúdo", disse Kiko.

Questionado por Krishna Mahon sobre o que eles não estão procurando, Kiko foi direto: "Não me venham com projetos que não estão bem estruturados, que não têm premissa definida, e que não estão afinados com a proposta do Nat Geo. Assistam o nosso canal, vejam o que estamos colocando, observem nossa grade. Acontece muito de as pessoas chegarem com um projeto e quererem enfiar ele em nosso canal", concluiu.

Para enviar projetos, entre aqui: www.foxproducoesoriginais.com.br

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