O painel desta tarde no Rio Screenings & Seminars, de caráter mais técnico, centrou foco nos problemas enfrentados pelos distribuidores de conteúdos na mídia digital para proteger seus produtos de apropriação indevida e as possibilidades do Digital Rights Management (DRM, gerenciamento de direitos digitais) no ambiente da Internet. Willian Murray, vice-presidente executivo e CEO da MPA EUA (associação dos estúdios de cinema) frisou a importância do mercado de computadores pessoais – cuja cobertura alcança 80% dos lares norte-americanos – para Hollywood e as dificuldades em se proteger os direitos de autor nesse mercado potencial. Para Murray as soluções que têm trazido os melhores resultados têm sido aquelas baseadas em hardware (smart cards, CDs anti-cópias, set-top boxes com chips codificados, etc) em detrimentos dos softwares, mais propensos à ação de hackers. Andrew Terentjev, diretor geral para a América Latina da Real Networks, mostrou os sistemas de DRM baseados nas tecnologias proprietárias da sua empresa. Disse também que os consumidores norte-americanos têm se mostrado dispostos a comprar conteúdo on-line. De acordo com Terentjev, os consumidores dos Estados Unidos compraram US$ 675 milhões em conteúdo on-line em 2001, cerca de 92% a mais do que no ano anterior.
Direitos de autor
Ainda nesse painel, Vanisa Santiago, advogada e representante no Brasil da SGAE (Sociedad General de Autores y Editores) chamou a atenção para o pagamento de direitos de autor na área audiovisual nos países europeus. A SGAE, associação privada com mais de 66 mil sócios com sede em Madri, Espanha, atua defendendo o pagamento de direitos autorais para os diretores e roteiristas quando da exibição de obras audiovisuais em quaisquer meios – algo semelhante ao que é feito pelo ECAD brasileiro na área de música.
