Festival Visões Periféricas chega ao fim no RJ com três filmes vencedores

Na noite do último domingo, 29 de setembro, foi realizada no CCBB do Rio de Janeiro a cerimônia de encerramento do 13º Festival Visões Periféricas. Entre os dias 25 e 29 de setembro, o evento apresentou um panorama de 70 filmes que trazem diferentes pontos de vista sobre quem vive pelas periferias do Brasil a fora. A premiação consagrou três filmes vencedores: o longa "Fabiana", de Bruna Laboissière (SP), e os curtas "Sem Asas", de Renata Martins (SP), e "Lyz Paraíso Artista Do Fim Do Mundo", de Fernando Santana (RJ). 

"Fabiana", destaque na Mostra Panorâmica, marca a estreia da paulista na direção e documenta, em road movie, o cotidiano de uma mulher que transgride ao se aventurar na profissão de caminhoneira pelas estradas do Brasil. O filme faz um mergulho no cotidiano de uma motorista de caminhão trans que, depois de 30 anos ao volante, está prestes a se aposentar. O longa levou um prêmio no valor de R$15.000 em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria.

Já na categoria curta da Mostra Fronteiras Imaginárias o vencedor foi "Sem Asas", de Renata Martins, também de São Paulo. O curta de ficção conta a história de Zu, um garoto negro de 12 anos que vai à mercearia comprar farinha de trigo para a mãe e descobre que pode voar. A obra chamou atenção ao tratar de temas como direito à infância, racismo e genocídio de jovens negras. Enquanto isso, entre os curtas exibidos dentro da Mostra Cinema da Gema, o destaque foi "Lyz Parayso Artista do Fim do Mundo", de Fernando Santana. O curta acompanha o inicio da trajetória artística de Lyz Parayzo, artista visual que por meio de suas obras e performances coloca em discussão qual o espaço da arte em um corpo não-binário vindo da periferia. Ambos os curtas receberam R$8.000 em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria, entre outros serviços.

Entre os dias 24 e 28, aconteceu paralelamente à Mostra o Visões LAB, braço de negócios do festival criado em 2018 para promover a inserção dos realizadores da periferia no mercado audiovisual. Além da mentoria individual de desenvolvimento de projetos, rodadas de negócio e palestras, a programação contou com um pitching no qual os dez projetos mais bem qualificados foram apresentados para uma banca com representantes de canais de TV, especialistas e demais profissionais do mercado. Entre eles, dois foram premiados: "Resplendor", de Sergipe, que ganhou um contrato de distribuição com a Elo Company; e "Atlântico", do Rio de Janeiro, premiado pela Fuji CIARIO com R$10.000 em locação de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa Naymar.

 

 

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