Indústria de games para celular discute desaceleração

O mercado de jogos para celular está desacelerando ao redor do mundo, mas é difícil apontar uma clara razão para isso. Executivos de operadoras, publishers e desenvolvedores se reuniram nesta segunda-feira, 31, em um painel do Mobile Entertainment Live, conferência que antecede a CTIA Wireless 2008, em Las Vegas, para discutir o tema, porém não chegaram a um consenso. O diretor global para games da Vodafone, Suresh Sudera, disse que a indústria de games teve sorte até agora: ?Tivemos sorte porque o apetite do usuário era grande. Agora está diminuindo e precisamos passar a analisar as vendas diariamente e não mensalmente ou trimestralmente?, aconselhou.
O gerente geral para games da Vivendi, Oliver Maio, foi mais autocrítico: ?Nossa indústria não fez nada de novo nos últimos anos. Agora que está desacelerando, chegou o momento de inovar?. Por sua vez, Martin Dunsby, CEO da Vollee, empresa que adapta massive online multiplayer games do PC para os celulares, preferiu culpar o excesso de plataformas disponíveis no mundo móvel: ?Existe hoje uma fragmentação de plataformas para o desenvolvimento de aplicativos e jogos para celulares?. Por fim, o presidente da desenvolvedora Sulake, Teemu Huuhtanen, escolheu culpar as operadoras: ?É ridículo as operadoras ficarem com 50% do preço pago pelo jogo?.
Nenhum dos painelistas, contudo, citou números de downloads ou de receita que pudessem ilustrar a tão comentada desaceleração. Quando perguntado por este noticiário quantos downloads de games a Vodafone faz por mês, Sudera disse que não estava autorizado a dar entrevistas. O único número que o executivo da Vodafone abriu durante o painel foi o de que 55% dos downloads registrados pelo grupo mundialmente são de jogos sem marca, ou seja: puzzles, jogos de carta ou outros quaisquer que não tragam no nome a marca de um artista, de um personagem ou de um jogo famoso de console.

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