Queda de base de operações também preocupa EUA

Com a prisão do fundador e ex-chairman da Adelphia, John Rigas, na semana passada, alguns analistas começaram a se perguntar se o pior já teria passado para a indústria de TV a cabo nos EUA.
As ações das principais empresas se recuperaram um pouco esta semana, juntamente com o resto do mercado. Embalando a alta estava a notícia de que Bill Gates teria conquistado 9% da Cox Communications. Quando comprou 10% da Comcast, nos anos 90, Gates ajudou a impulsionar a década de ouro do cabo nos EUA.
Mas da mesma forma que os analistas perceberam que as dificuldades da Adelphia não eram um problema generalizado da indústria, também começaram a surgir outras notícias ruins que podem ser problemáticas para muitos operadores de cabo.
A Cablevision anunciou a perda de 10 mil assinantes no segundo trimestre, além dos 7 mil já perdidos no primeiro.
A operadora está em disputa com o time de baseball New York Yankees e a queda de base seria decorrência da incapacidade da Cablevision de exibir os jogos.
O anúncio da Cablevision veio na esteira de outro anúncio, este da AT&T Broadband, também referente à perda de assinantes, o que indicou que este problema não está restrito à região de Nova York.
Uma das razões da queda pode ser o fim dos descontos substanciais oferecidos pelas empresas de cabo na tentativa de barrar o crescimento do DTH. Algumas operadoras chegaram a oferecer US$ 300 para todo usuário que quisesse desistir do serviço de satélite. Mas a estratégia, inviável economicamente no longo prazo, foi abortada.
À medida que novos relatórios forem publicados, os analistas terão condições de dizer de forma mais precisa se os problemas estão restritos às dificuldades da Adelphia ou se há algo mais ameaçando a TV a cabo nos EUA.

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