Sky quer participar do Gaispi e oferece satélite e força de campo

Luiz Marquezetti, VP de tecnologia da Sky

A Sky quer participar do Gaispi, grupo que implementará as diversas tarefas relacionadas à Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF) para limpeza da banda C para utilização da frequência no 5G. Por meio da GLA, que é parte do mesmo grupo, mas que detém os direitos dos satélites utilizados em DTH pela operadora, a companhia reiterou que quer fazer parte do processo de migração das TVROs para a banda Ku

Para tanto, as empresas querem oferecer o satélite IS-32 para ser "um dos escolhidos" para abrigar as emissoras atualmente utilizando a banda C. Conforme coloca Luiz Otávio Marchezetti, vice-presidente de tecnologia da Sky, o artefato foi lançado em 2017, o que significa que ainda possui pelo menos mais 15 anos de vida útil, e cobre todo o território brasileiro. 

"Temos capacidade suficiente para migrar todos os canais da banda C", declara o executivo, embora argumente que seria melhor haver mais de um satélite. "Temos spotbeams, somos um dos maiores e mais modernos de banda Ku da Airbus. E estamos na posição 43º – como a maior parte da população brasileira está na faixa leste, então entre 40º e 50º é o 'sweet spot' de cobertura", afirma.

O executivo argumenta que a empresa vê a migração para a banda Ku como oportunidade. "Todos os usuários de TVRO vão ter sinal 100% digital e em HD. E será possível a regionalização da programação", afirma. E nisso o problema de interferências também pode ser sanado. "Aqui, o grosso é TVRO, o risco é menor."

Banda C estendida

Ainda como parte desse interesse em participar do grupo, a Sky oferece a força de trabalho com cobertura nacional e capacitação para ajudar usuários na migração das estações profissionais da banda C estendida (3.625-3.700 MHz). A ideia é colocar a experiência da companhia no mercado de TV paga por satélite (DTH). "A gente tem técnico, temos a plataforma para treinar e até para ajudar nas instalações profissionais", diz."Colocamos à disposição do Gaispi a cobertura de técnicos em 100% do portfólio."

Luiz Marchezatti diz que o trabalho da EAF precisa se guiar pelo que a Entidade Administradora da Digitalização (EAD) fez anteriormente, mas lembra que o desafio na banda C estendida é diferente pela estimativa da base: em vez dos milhões de telespectadores da TV analógica, agora são cerca de 30 mil pontos.

Marchezatti participou do Congresso Latinoamericano de Satélites nesta quarta-feira, 1º. O evento online, organizado por TELETIME e Glasberg Comunicações, continua nesta quinta-feira, 2. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui