Globo sofre queda de receitas com publicidade no 3º trimestre

A queda no investimento publicitário brasileiro no terceiro trimestre de 2006, em parte creditada ao desempenho da economia e também devido à concentração de investimentos no primeiro semestre por causa da Copa do Mundo, interrompe a trajetória ascendente de resultados financeiros da Globo no período. Relatório referente ao fechamento trimestral de 30 de setembro assinala queda de 4,3% nas receitas de publicidade em relação ao terceiro trimestre de 2005. Por outro lado, houve um crescimento significativo das receitas advindas da programação de TV por assinatura, exportação de programas, Internet e venda de transmissão de direitos esportivos, que representaram 38,9% de aumento. No acumulado do ano, a Globo faturou R$ 4,5 bilhões até 30 de setembro.

Perdas e ganhos

As quedas de publicidade significaram R$ 47 milhões a menos nos cofres da empresa, e os canais de TV por assinatura responderam pela maior parte dos aumentos dos ganhos em R$ 55 milhões no período. Também o GP Brasil de Fórmula-1, que neste ano aconteceu em outubro e não no terceiro trimestre como em 2005, contribui para uma receita menor em R$ 8,9 milhões.
Já no item custos, os gastos operacionais da Copa do Mundo respondem pela maior parte dos R$ 96 milhões extras gastos com produção, direitos de exibição, pessoal e programação. A Copa é listada como responsável pelo aumento em R$ 10 milhões também dos gastos com promoção e marketing.

Dívida

A Globo antecipou em 20 de outubro, voluntariamente, o pagamento de dívidas com vencimento em 2011, refinanciando outros papéis, o que resultou num decréscimo dos débitos da ordem de US$ 200 milhões.

Net Serviços

A participação da Globo em outras empresas está consolidada de forma proporcional a cada período. Entre elas, está a Net Serviços, com 7,86% no final de setembro/06, contra 13,7% no final de setembro/05.
A entrada da Net como sócia da Vivax, que aconteceu em outubro, não traz impacto de caixa para a Globo, segundo o relatório. A Globo lista também sua participação na subsidiária GB, acionista da Net Serviços, em 17%. A participação na Sky é citada como contabilmente abaixo dos padrões de eqüidade (under the equity method).
O relatório tem a ressalva de que o comparativo de desempenhos de 2006 em relação a 2005 é afetado pela fusão ocorrida em agosto de 2005 da TV Globo com a Globopar.

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