Novo longa de Carol Fioratti, "Meu Casulo de Drywall", é selecionado para o SXSW

Cena do filme “Meu Casulo de Drywall”, de Caroline Fioratti (Foto: Stella Carvalho)

O terceiro longa da cineasta Caroline Fioratti, "Meu Casulo de Drywall", fará sua estreia mundial na sessão Global do festival SXSW – South by Southwest, um dos maiores festivais norte-americanos e do mundo. Combinando cinema, música e tecnologia, o festival acontece em Austin, Texas, entre os dias 10 e 19 de março. 

A história gira em torno de Virgínia, uma jovem que morre durante sua festa de 17 anos. O filme, então, acompanha 24 horas na vida de moradores de um mesmo condomínio que são afetados pela tragédia. Seus pais, amigos e namorado precisam lidar com a culpa e o luto que caem sobre eles, enquanto tentam responder quem matou Virginia. 

Com Bella Piero e Maria Luisa Mendonça no papel de mãe e filha, o longa traz ainda Michel Joelsas, Mari Oliveira e Daniel Botelho, participação especial do ator Caco Ciocler, como o Juiz Roberto, além dos atores Débora Duboc, Lena Roque, Flávia Garrafa e Marat Descartes no elenco. 

Caroline conta que se interessou por narrar uma história que se passa nesse microcosmo do condomínio, pois foi na sua adolescência o momento em que esses empreendimentos começavam a surgir como promessa de um oásis de segurança. Duas décadas se passaram e os condomínios se tornaram mais elitizados e parte marcante do cenário urbano-social brasileiro: "Nos últimos anos, o Brasil vem testemunhando um processo de condominização da vida.. Crianças e jovens crescem em condomínios que são pequenas cidades, nas quais a maioria tem as mesmas condições financeiras, cor de pele branca e posição política. Funcionários vêm de longe trabalhar, entram pela porta de serviço e sevem sem serem vistos. Minha intenção com esse filme não é uma simples crítica, mas um caminho para a compreensão. Tenho imensa empatia e compaixão pelos personagens e torço para que encontrem uma forma de ultrapassar os muros reais e simbólicos. 'Meu Casulo de Drywall' é um grito silencioso dessa juventude que quer romper as paredes do próprio casulo e ganhar asas para além dos muros". 

Escrito e dirigido por Caroline, o filme é uma produção da Aurora Filmes em coprodução com a Haikai Filmes e distribuição da Gullane. A participação do filme no Festival conta com o apoio do Projeto Paradiso.

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