TVA e Nagravision anunciam parceria para rede digital

A TVA, três anos depois de fazer os primeiros testes com o padrão DVB em sua rede, bateu o martelo. A empresa e a integradora de sistemas digitais Nagravision anunciaram durante a NCTA Cable 2004, que acontece esta semana em New Orleans, a assinatura do acordo de entendimento para o início da digitalização da operadora este ano e a completa migração de seus assinantes analógicos de cabo para digital em 2005. Participam ainda do acordo as empresas Harmonic (headend), Lightwire (plataforma de software) e DMT (fabricante asiático de set-tops). "A TVA sempre foi uma empresa que apoiou padrões abertos e com a digitalização não seria diferente. A opção pelo DVB coloca a indústria em um rumo único, o que facilitará o surgimento de sinergias boas para todos", diz Leila Loria, diretora geral da TVA. "A opção sem dúvida nos aproxima do DTH, mas nos permite ainda ir além, já que teremos uma série de possibilidades que não existem nos sistemas via satélite, como a flexibilidade de oferecer não só o digital video recorder (DVR) mas também serviços de vídeo-on-demand e interatividade. Isso sem mencionar a facilidade do ponto adicional, que hoje já é um diferencial importante do cabo em relação ao satélite".
Leila Loria explica que nesse momento os operadores precisarão buscar conteúdos diferenciados para "alimentar" as possibilidades das redes digitais. "Os programadores que estão hoje no Brasil são nossos parceiros e, portanto, é com eles que primeiro falamos. Eles certamente terão produtos adicionais para nos oferecer. Mas o que se vê nos EUA é uma explosão de variedade de conteúdo em função do cabo digital, e isso vai chegar no Brasil. Não quero falar necessariamente em aumento do número de canais. A programação digital será diferente".

VoIP

Leila Loria comemora o momento da indústria no Brasil em que operadores estão fortemente sinalizando com novos projetos. "Nos últimos três anos, a situação econômica nos deixou parados do ponto de vista de novos serviços, mas isso está mudando agora", coloca a executiva, lembrando ainda que a operadora se prepara para lançar comercialmente o serviço de telefonia IP a 200 usuários da rede de São Paulo, que aliás será o berço do projeto de digitalização da TVA.
A caixa digital básica da TVA terá alguns recursos não vistos no DTH, como saída 5.1 de áudio. O retorno será, inicialmente, pela linha telefônica, mas já em 2005 devem chegar as primeiras caixas com retorno pela rede DOCSIS. As caixas mais avançadas, cujo fornecedor ainda está sendo definido, terão o recurso de gravação digital, diz Leila Loria.
"A opção pelo DVB nos traz uma grande vantagem que é a compatibilidade com as tecnologias de digitalização do MMDS que estamos estudando e que devem ser usadas em nossa rede wireless já em 2005. No MMDS a digitalização não começa já porque tem que ser feita de uma só vez".

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