Debate questiona distribuição de produção regional pelas majors

As formas de financiamento disponíveis nos países latino-americanos para a produção de filmes foi o tema do painel desta tarde, 5, do Rio Screening & Seminars. Jorge Peregrino, vice-presidente para a América Latina e Caribe da UIP/Brasil, falou sobre os intermediários entre o produtor e o consumidor nos mercados de salas de exibição, venda e aluguel de home video e televisão por assinatura. Segundo Peregrino, é financeiramente compensador para o produtor ter seu filme comercializado por uma das majors (grandes distribuidoras norte-americanas), pois estas têm maior estrutura e poder de negociação para conseguir negócios mais vantajosos nas diferentes janelas de exibição.
A vantagem da integração vertical alegada pelo VP da UIP/Brasil foi questionada por Pablo Iraola, produtor da Patagonik, maior produtora argentina de filmes. Apesar de fazer parte de uma empresa que tem entre seus acionistas a Disney e a Telefônica, Iraola acredita que, tendo em média 40 filmes norte-americanos para lançar todos os anos nos mercados em que atuam, as majors podem não dispensar a devida atenção ao distribuir as produções locais.
Iraola também relatou a experiência da Argentina nos mecanismos de financiamento para o cinema e contou as modificações promovidas nos últimos meses. Um recente decreto presidencial fará com que o dinheiro arrecadado para o financiamento cinematográfico no país (cerca de 9,5% do preço dos ingressos) seja diretamente enviado ao INCA sem passar pelo caixa do governo.

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