Modelo para prêmio adicional de renda é polêmico

No debate sobre o prêmio adicional de renda, que aconteceu nesta terça, 5, no Rio Seminars, o presidente da Ancine, Gustavo Dahl, lembrou que que, por enquanto, só existem fomentos seletivos para a indústria audiovisual, como a Lei do Audiovisual e a Lei Rouanet. Dahl disse que falta o investimento direto do governo e ainda um mecanismo de fomento automático. "O fomento seletivo já está esgotado", afirmou.
O produtor Diler Trindade lembrou que a participação do produtor na bilheteria dos filmes gira em torno de apenas 12% e que muitos produtores trabalham hoje apenas pela remunaração na produção. "O prêmio adicional de renda é a maneira de forçar os produtores a se preocupar com os resultados de seus filmes", disse.
Valmir Fernandes, da Cinemark, pediu regras para qque o dinheiro do prêmio seja sempre reinvestido no setor. As regras, segundo Fernandes, deveriam valer para os três setores privilegiados pelo prêmio (produção, distribuição e exibição). "Os exibidores poderiam re-investir em salas em localidades específicas ou em salas dedicadas à exibição de filmes brasileiros".
Já André Sturm, da Pandora Filmes, disse que o prêmio pode ser usado tanto na produção quanto na distribuição, amortecendo o risco nessas áreas. Mas, para ele, não faz sentido premiar a exibição. "O exibidor exibe se tem público. Se não tiver, não será exibido".
Valmir Fernandes concordou com esse último ponto: "não quero receber para deixar a minha sala vazia. Trata-se de um anti-marketing".

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