Mídia ainda não foi afetada pela crise financeira, dizem canais e agências

Talvez um dos assuntos mais comentados durante o Maxi Mídia, evento voltado para o mercado publicitário que acontece entre os dias 7 e 9 de outubro, em São Paulo, é a crise financeira dos Estados Unidos que atinge as economias do mundo todo. Nos painéis, ainda que em tom descontraído, publicitários e anunciantes têm apresentado suas preocupações.
Este noticiário conversou com algumas dessas pessoas para saber se a crise está, de fato, provocando mudanças na mídia. Embora todos digam que, a princípio, os negócios brasileiros não foram afetados, a preocupação está presente na maioria das conversas.
O presidente do Grupo de Mídia e vice-presidente de mídia da McCann Erickson, Ângelo Franzão, diz que ainda não sentiu insegurança por parte dos anunciantes em relação aos projetos em andamento hoje. No entanto, ele acredita que, caso haja uma recessão no mercado de mídia, ela deve ser sentida pelos meios de custo alto, como a televisão. "Os meios que convivem com um custo absoluto muito alto serão os mais prejudicados", disse. Ele afirma ainda que o impacto maior deve ser por parte dos anunciantes internacionais, cujos orçamentos são em dólar. O publicitário diz ainda que projetos deste terceiro trimestre podem ser mais contidos.
Por outro lado, o diretor geral de comercialização da Globo, Willy Haas, não acredita que o meio televisão seja o mais vulnerável à crise. "Se houver uma retração na mídia, a TV provavelmente vai ser a menos afetada. Por ser o meio que responde mais rápido às necessidades dos anunciantes, ela nunca foi afetada, em nenhuma das crises pelas quais passamos até hoje", disse. Ele afirmou ainda que até o momento, essa crise ainda não afetou os negócios.
Na TV paga o otimismo é o mesmo. Segundo o vice-presidente de publicidade e marketing da Turner, Rafael Davini, a operação brasileira ainda não foi afetada pela crise. Ele conta que o crescimento dos canais da programadora deve ficar acima de 15% ao final deste ano. A preocupação surge apenas no início de 2009. "Caso não sejam renovados os pacotes anuais, fechados até fevereiro, ficaremos preocupados. Esses grandes pacotes representam de 30% a 40% do faturamentos total dos canais", disse.

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