Com lançamentos do Prime Video e Globo, audiovisual nacional conta suas próprias histórias de Natal

"O Primeiro Natal do Mundo" (Foto: Divulgação Prime Video)

O Natal é usado de pano de fundo para muitos filmes e séries. Na Netflix, por exemplo, a busca por conteúdos sobre "Natal" gera mais de 160 resultados. No entanto, os filmes mais famosos de Natal nunca tiveram "a cara" do Brasil. A maioria deles mostra neve caindo, pessoas usando roupas de frio e chocolate quente sendo consumido. São características totalmente diferentes do Natal dos brasileiros, que acontece no verão e tem comidas e tradições bem particulares. Porém, de alguns anos pra cá, o audiovisual nacional se movimentou para criar seus próprios filmes que se passam na data. A própria Netflix teve boas experiências com as comédias natalinas brasileiras, como "Tudo Bem no Natal que Vem" (2020), uma produção da Camisa Listrada com Leandro Hassum, que foi vista por mais de 26 milhões de lares em todo o mundo, e "Um Natal Cheio de Graça" (2022), uma produção da Glaz Entretenimento protagonizada por Gkay e Sérgio Malheiros. Mas, para 2023, ainda não houve nenhum anúncio nesse sentido. 

Lá atrás, em 2019, a Globo lançou o especial de Natal "Juntos a Magia Acontece", que além de mostrar uma celebração da data de forma tipicamente brasileira, também contou com um elenco de protagonistas negros, encabeçado por Milton Gonçalves. O projeto foi uma parceria entre Globo, Coca-Cola e WMcCann. O conteúdo foi muito bem sucedido – garantindo inclusive um Leão de Ouro em Cannes – e ganhou uma continuação em 2021, "Juntos a Magia Acontece 2". Criado e escrito por Cleissa Regina Martins, o programa teve supervisão de texto de George Moura e direção artística de Maria de Médicis. A segunda edição também foi escrita por Martins e supervisionada por Moura e teve direção artística de Patricia Pedrosa. 

Elenco de "Ritmo de Natal" (Foto: Globo/ Manoella Mello)

Este ano, a novidade da Globo é "Ritmo de Natal", primeiro longa-metragem do Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo. Na comédia romântica criada e escrita por Juan Jullian e Leonardo Lanna, com direção artística de Allan Fiterman, Mileny (Clara Moneke), a cantora de funk do momento, se envolve com Dante (Isacque Lopes), um violinista clássico. Eles enfrentam uma prova de fogo ao passar o primeiro Natal juntos, com suas famílias de universos completamente distintos. Mileny é filha de Soraya (Vilma Melo) e MC Barbatana (Paulo Tiefenthaler), um dos casais mais populares da velha guarda do funk carioca, e Dante, de Inês (Taís Araujo), uma pianista consagrada. O choque cultural e as diferenças de personalidade entre os membros das famílias trazem uma série de conflitos à tona, o que impacta na relação do casal. Após pré-estreias no cinema e no Globoplay, o filme vai ao ar na TV Globo em 18 de dezembro. 

Já o Prime Video estreia o filme original Amazon "O Primeiro Natal do Mundo" nesta sexta-fera, dia 8 de dezembro. A comédia, que é o primeiro longa nacional de Natal da plataforma, é protagonizada por Ingrid Guimarães, Lázaro Ramos e Fabiana Karla, dirigido por Susana Garcia e Gigi Soares e produzido pela Camisa Listrada – a mesma que fez o original Netflix "Tudo Bem no Natal que Vem" há três anos. 

"O Primeiro Natal do Mundo"acompanha o início da celebração natalina da família Pinheiro Lima. Formada por Pepê (Lázaro Ramos), um professor de história viúvo pai de duas meninas e sua nova esposa, Tina (Ingrid Guimarães), uma chefe de cozinha divorciada, mãe de dois filhos, a família tem uma véspera de Natal caótica, em que o desejo de uma das crianças de que o Natal desapareça se realiza. Em um mundo em que ninguém ouviu falar do Natal, as pessoas perdem muitos dos prazeres da vida, além da capacidade de valorizar a união, perdoar e recomeçar. A família embarca numa jornada para recriar o feriado, seu espírito e suas tradições.

Muitas plataformas que trazem em seus catálogos diversas opções de filmes e séries de Natal – como HBO Max, Star+ e Disney+ – ainda não apostaram na produção de títulos originais nacionais com a temática. Por isso, é cedo para falar em uma tendência. Mas vale ficar de olho nas novas produções e, especialmente, nos seus resultados de audiência.

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