Obama e Consumers Union querem adiar switch-off do analógico

Há grandes chances de ser adiado o desligamento das transmissões analógicas de TV nos Estados Unidos, o que está marcado para acontecer no dia 19 de fevereiro. A Consumers Union está cobrando do Congresso norte-americano o adiamento do switch-off. A organização alega que, como não há mais recursos para financiar a política de distribuição de cupons para os que ainda não contam com televisores digitais os troquem por set-top, o governo deve adiar o prazo e rever o plano de desligamento.
A Consumers Union não está só no esforço por adiar o desligamento da TV analógica. O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, também enviou um pedido ao Congresso pedindo o adiamento, sob o mesmo argumento apresentado pela organização de defesa dos direitos de consumidores.
Ainda não há decisão por parte do Congresso. O governo Bush se opõe ao adiamento, alegando que tanto o governo quanto a indústria investiram muito para garantir o switch-off nesta data.
Vale lembrar, o governo norte-americano já vendeu em leilão o espectro de freqüência que ficará livre com o desligamento da TV analógica, faturando em torno de US$ 30 bilhões. Além disso, é importante destacar que o desligamento envolve planejamento por parte dos radiodifusores. Principalmente algumas pequenas emissoras que optaram por não transmitir digitalmente durante o período de transição. Para estas, o switch-off acontece ao mesmo tempo em que ligam seus transmissores digitais.
Mobilidade
Durante a CES, feira de eletrônicos de consumo que acontece esta semana em Las Vegas, emissoras de 22 cidades dos Estados Unidos anunciaram que começam a transmitir para dispositivos móveis este ano.
Os norte-americanos iniciaram um esforço para incluir a mobilidade no padrão de TV digital ATSC, em um primeiro momento, para atender uma demanda da radiodifusão brasileira. A funcionalidade, contudo, foi disponibilizada após a decisão do governo do Brasil em desenvolver um padrão baseado no ISDB-T, japonês.
Durante a feira, segundo informa a imprensa norte-americana, questiona-se se haverá oferta de dispositivos capazes de receber as transmissões. Nos Estados Unidos, as operadoras de telefonia móvel oferecem o serviço de televisão por assinatura, com tecnologia oferecida pela Qualcomm. Portanto, especula-se se as operadoras teriam interesse em subsidiar celulares com recepção do sinal de TV de forma gratuita.
O mesmo argumento foi usado no Brasil pelos que defendiam a adoção do padrão DVB-T, europeu. Nos Estados Unidos, contudo, há um agravante para os radiodifusores: o sistema pago já está implementado pelas operadoras e em funcionamento.

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