O Festival Varilux de Cinema Francês apresentará sete séries recentes que transitam entre os mais variados gêneros. Serão exibidos os dois primeiros episódios de cada uma delas em São Paulo (20 a 22 de junho) e no Rio de Janeiro (22 a 24 de junho), com entrada gratuita.
Inédita num festival brasileiro, essa experiência colocará o público nacional em contato também com renomados profissionais da área, especialistas em séries, que promoverão masterclasses nas duas cidades, e discutirão sobre a escrita, a dramaturgia e direção. Os encontros não são exclusivos para profissionais, e sim abertos a todos que querem entender melhor esse universo das narrativas de audiovisual mais longas.
"Todos aqueles que participam do Festival Varilux sabem que sempre lutamos para apoiar o cinema. Mas também sabemos que há coisas extraordinárias acontecendo fora dos cinemas. Na França, o talento e a criatividade de roteiristas, diretores e atores recentemente também passou a se concentrar em séries. A qualidade e diversidade dessas produções as tornam cada vez mais um elemento fundamental no audiovisual francês"?, diz Emmanuelle Boudier, diretora e curadora do Festival.
As séries
As sete obras selecionadas mostram um painel amplo e diverso da produção francesa contemporânea no formato, transitando entre o drama, o suspense e a fantasia. A seleção do Varilux evidencia as qualidades das produções francesas, que abordam temas mais variados, desde duas jovens se unindo contra um ambiente hostil até dramas de guerra e suspense sobre a indústria fitossanitária.
O festival também exibirá um drama protagonizado por uma jovem bailarina ?Etoile? da Ópera de Paris, que tenta uma segunda chance; um suspense sobre dois policiais em busca de um assassino serial; outro suspense policial que tem ao centro uma mulher acusada injustamente de matar seu ex-marido; e uma fantasia de mistério que traz um grupo de cientistas e uma descoberta inusitada.
Os títulos são: "Cheyenne e Lola" (foto), de Eshref Reybrouck; "As Sentinelas", de Jean-Philippe Amar; "Jogos de Poder", de Jean-Xavier de Lestrade e Antoine Lacomblez; "O que Pauline não diz", de Rodolphe Tissot; "Ópera", de Cécile Ducrocq e Benjamin Adam; "Síndrome E", de Mathieu Missoffe; e "A Corda", de Dominique Rocher.
Os talentos
Além de exibir as séries, o evento também trará profissionais que trabalharam nessas produções para compartilharem com o público sua experiência. O roteirista Antoine Lacomblez é responsável pela criação de duas séries de suspense do festival: ?"O que Pauline não diz?" e "?Jogos de Poder?", premiada no Festival La Rochelle. Em 2018, o SACD, a Sociedade dos Escritores e Compositores Dramáticos, concedeu-lhe o prêmio de melhor roteirista de televisão. Ao lado do diretor Jean-Philippe Amar (?"As Sentinelas"?), concederá as duas masterclasses que acontecerão em São Paulo e Rio. Em São Paulo, a masterclass será na quarta, 22, às 17h, no Teatro da Aliança Francesa, na Vila Buarque; no Rio, será na sexta, 24, às 18h, na Voluntários da Pátria, 35 (Botafogo).
Também já estão confirmados no Festival Alexandre Piel, produtor de ?"Jogos de Poder"? e "?A Corda"? (ARTE); Isabella Barsumian, distribuidora de ?"Cheyenne e Lola"? e "?As Sentinelas";? Soizic Gelbard, produtora na Gaumont (?"O que Pauline não diz"?); e Thomas Triboit, diretor do departamento das séries na Orange Studio (?"As Sentinelas"? e "Ópera"?).