Spcine investe R$ 12 milhões em longas e séries de TV

A Spcine abre inscrições nesta terça, 14, para linhas de financiamento que contemplam projetos paulistas de ficção, animação, documentário e novos formatos. O aporte é feito em parceria com o Fundo Setorial do Audiovisual, da Ancine.  São três linhas de financiamento voltadas à produção e distribuição de longas-metragens e ao desenvolvimento de séries para a TV, cada uma com valores respectivos de R$ 7 milhões, R$ 3 milhões e R$ 2 milhões. Os recursos são da Spcine, do Fundo Setorial do Audiovisual e da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Entre os gêneros propostos estão ficção, documentário, animação e formato, no caso de séries de TV. Na linha de produção, haverá espaço tanto para novos talentos quanto para realizadores experientes.

Os prazos se encerram em 29 de julho para a Linha de Produção, 14 de julho para a Linha de Distribuição e 12 de agosto para a de desenvolvimento de obras seriadas.

Há um ano, o primeiro pacote de investimentos da Spcine contemplou 47 filmes paulistas.

Produção de longa

A Linha 1 investirá R$ 7 milhões na produção de longas paulistanos. Serão contemplados projetos de ficção com prêmios de até R$ 1 milhão, garantindo pelo menos uma animação. Também serão escolhidos ao menos dois documentários, com prêmio de R$ 600 mil cada. Novos realizadores, em sua primeira ou segunda obra, terão aporte de até R$ 300 mil em projetos de ficção, animação e documentários.

A seleção dos projetos será realizada por uma comissão julgadora composta por profissionais renomados do setor e dividida em dois núcleos. Um núcleo será responsável pela análise dos projetos de animação/ficção; o outro, pela análise dos projetos de documentário. Ao final do processo, os grupos se unem em uma comissão julgadora única para avaliar os 20 projetos selecionados para a fase de pitching e, por fim, definir a premiação.

Distribuição 

A Linha 2 investirá R$ 3 milhões em carteiras de projetos de distribuidoras com até três filmes. O aporte será entre R$ 80 mil e R$ 400 mil por título. Para cada R$ 10 mil investidos, a distribuidora se compromete em lançar a produção em uma sala de cinema – o investimento de R$ 80 mil vai gerar um compromisso de lançamento em pelo menos oito salas de cinema no final de semana de estreia do filme; se for de R$ 90 mil, serão 9 salas, e assim sucessivamente.

A seleção das carteiras de projetos será feita a partir da análise de desempenho comercial dos filmes paulistas lançados no cinema pelas distribuidoras proponentes nos anos de 2014 e 2015.

Desenvolvimento

A linha 3 investirá R$ 2 milhões em criação de obras seriadas. O foco são produtoras paulistas que possuem contrato de desenvolvimento com algum canal, programadora ou plataforma digital. Serão classificados projetos de ficção, animação, documentário e formato. Os dois primeiros gêneros poderão ter investimento, por projeto, de até R$ 100 mil; já os outros dois, de até R$ 50 mil.

A avaliação será por meio de uma nota cujo resultado é a divisão do volume de investimento do canal pelo recurso solicitado à Spcine. Quem tiver maior nota, assume as primeiras colocações. No critério de desempate, ganha o proponente que tiver mais plataformas negociadas. Se mesmo assim houver equidade, uma comissão julgadora avaliará o portfólio de desenvolvimento de projetos da produtora paulista e do canal de TV, assim como o plano de financiamento da obra seriada.

Resultados

As três linhas de investimento dão sequência às ações que a Spcine iniciou em 2015, quando investiu cerca de R$ 21 milhões para produção de 22 longas-metragens e distribuição de outros 25. Segundo a Spcine, cada R$ 1 investido alavancou R$ 5,83 no mercado audiovisual paulista.

A empresa ainda prepara, para o segundo semestre deste ano, um edital voltado à circulação de longas-metragens nas salas do Circuito Spcine de Cinema. O apoio também vai prever o lançamento das obras em outras plataformas audiovisuais.

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