Para BBC, realidade virtual e aumentada chegarão ao dia-a-dia da TV

Graham Thomas, principal technologist da unidade de pesquisa e desenvolvimento da BBC, fez um apanhado de algumas inovações presentes no pavilhão de exposições do IBC 2015, que aconteceu nos últimos cinco dias em Amsterdã, que indicam algumas tendências importantes no mercado audiovisual. O elemento comum a todas as inovações apresentadas é a aplicação do conceito de realidade virtual ao dia a dia das transmissões e produções audiovisuais.

A realidade virtual é algo que já existe há algum tempo e que está intimamente associada a jogos, pesquisas científicas ou aplicações específicas, como saúde e exploração geológica. Mas como aplicá-la ao jornalismo ou a uma atração de entretenimento, por exemplo?

A resposta pode estar em alguns protótipos e produtos apresentados no IBC. Conjuntos de câmeras que conseguem captar imagens em 360 graus (ou mesmo fazer capturas esféricas) têm sido usadas experimentalmente para captar ambientes de guerra, zonas de desastre ou ambientes em que há uma grande complexidade de ações acontecendo ao redor. Essas imagens não têm muita utilidade se não estiverem acompanhadas de um visor de realidade virtual, por exemplo. Mas partindo do princípio de que um smartphone pode ser usado como uma "janela" para uma visualização multi-ângulo (quando se movimenta o telefone, a imagem mostrada muda de enquadramento em função da posição, como se fosse um visor virtual), empresas como BBC e Al Jazeera estão fazendo experimentos de construir narrativas jornalísticas com imagens capturadas em 360 graus e adaptadas para serem assistidas com esse recurso por smartphones ou tablets.

Outra inovação importante destacada pelo pesquisador da BBC é o uso de capturas de vídeo em 4K para permitir que o espectador selecione apenas um pedaço da cena para acompanhar, selecionando um determinado personagem enquadrado em uma cena que será acompanhado em zoom, em tempo real, numa experiência de realidade aumentada. Um recurso interessante nas transmissões esportivas ou em shows musicais, por exemplo. No caso da transmissão de uma orquestra, por exemplo, o pesquisador mostrou alguns softwares de transmissão interativa apresentados no evento que permitem ao espectador alterar o volume de cada instrumento conforme sua vontade, em tempo real.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui