Festival de cinema pernambucano estreia transmitindo filmes latino-americanos feitos por realizadoras

Pensado para visibilizar o cinema latino-americano protagonizado por mulheres, o Observatório Latino-Americano de Realizadoras (OLAR), uma iniciativa comandada por cineastas pernambucanas, realiza seu primeiro festival de cinema entre 16 e 26 de novembro, com transmissão de aulas abertas e filmes gratuitamente pela internet. 

O festival surge como um movimento que busca exercer a América Latina a partir do cinema. Para isso, proporciona um espaço de encontro e diálogo entre trabalhadoras do audiovisual de diversos países, promove a construção de memória das realizadoras do cinema latino-americano e a formação de profissionais.

Idealizado por Cíntia Lima e Lilian de Alcântara, cineastas pernambucanas, o festival ganha corpo com dez dias de programação gratuita que protagoniza Pernambuco no circuito audiovisual latino-americano. "Nosso objetivo é fazer do OLAR um espaço de troca de conhecimento para que observemos e conheçamos o trabalho umas das outras", pontua Cíntia.

Programação 

O 1º OLAR tem início com a Oficina de Crítica Cinematográfica nesta quarta e quinta-feira, dias 16 e 17 de novembro. Oito participantes de Brasil, Uruguai, Argentina, Colômbia e Cuba, selecionadas através de inscrições, embarcam em dois encontros online via Google Meet com a pesquisadora Mariana Souza. A atividade bilíngue vai propor escrita sobre os filmes exibidos e posterior publicação no site do festival. 

No domingo, 20, acontece a abertura das mostras de filmes, com uma live oficial no YouTube e no Facebook, e a Mostra Referência Olar, que coloca foco sobre a obra da realizadora indígena mexicana Yolanda Cruz. Até a segunda, 21, o longa "Hope, Soledad" e o curta "Las lecciones de Silveria", ambos de direção de Yolanda, podem ser assistidos gratuitamente pelo público no site do festival. 

De terça, 22, a sábado, 26, entram em cartaz também no site do festival a Mostra Competitiva, que concederá o Prêmio Sara Gómez de Melhor Curta-metragem; a Sessão Relatos de Cine, com obras que abordam a participação das mulheres na história do cinema; e a Sessão Perspectivas Pernambucanas, que traz um panorama contemporâneo das produções do Estado. A curadoria de filmes é assinada pelas idealizadoras com participação de Caroline Pavez, cineasta mapuche chilena, nas duas primeiras sessões. Ao todo, as três mostras reúnem 20 curtas de diversos gêneros de Cuba, Brasil, Argentina, Chile, Guatemala e México. 

Entre 23 e 25 de novembro, o OLAR transmite aulas abertas através do YouTube sobre três temáticas: "Co-produção Internacional", com Mariana Murillo; "Acessibilidade no Audiovisual", com Danielle França; e "Olhares Lesbianos – Narrativas de (r)Existências", com Thais Faria. Ainda no sábado, 26, acontece uma live de encerramento do festival com a premiação do melhor curta da Mostra Competitiva Sara Gómez.

Tanto os filmes quanto as aulas abertas contam com opções de legenda em português e espanhol, podendo ser conferidos de toda a América Latina. O 1º OLAR é uma realização da Olar Filmes com incentivo do Funcultura através da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui