Vídeos: Painel debate futuro da grade tradicional de programação

O conceito de grade horária de programação como base para criação de estratégias de mídia, está desaparecendo. A opinião é de Marcelo Coutinho, professor da Fundação Getúlio Vargas e diretor de inteligência do mercado para América Latina do Terra.

Ele apresentou pesquisa feita pelo Terra com o instituto Ipsos que aponta onde está o foco de atenção dos espectadores que assistem conteúdo online e televisão simultaneamente. Segundo o estudo, apenas 7% diz que o foco de atenção é a TV, enquanto 49% tem o foco na web e 44% em ambos. “Se olhar para TV exclusivamente como veículo de captura de atenção, e medir a captura de atenção exclusivamente na televisão, este é um modelo de comercialização fadado a enfrentar margens decrescentes de lucro”, disse.

Ele ressaltou que os conteúdos online e televisivo são complementares. De acordo com o estudo apresentado pelo Terra, 38% das pessoas que estão na internet enquanto assistem TV estão usando a rede para comentar aquilo que está sendo transmitido na TV. O estudo mostra, ainda, que 34% das pessoas pesquisa na web os produtos apresentados na publicidade na TV.

De acordo com Marcelo, é preciso que os grupos de mídia pensem em formas de comercializar a atenção do público em outras mídias, onde o conteúdo da televisão irá repercutir. "Será decisivo para as empresas de mídia fazer seus conteúdos transitar entre as telas", conclui.

Marcelo Coutinho participou do painel “A TV Além da TV”, na edição de 2013 do Congresso TV 2.0. O painel também contou com a presença de Flávio Ferrari, sócio da Qual Canal, e discutiu o papel da TV em um cenário de múltiplas plataformas de distribuição de conteúdo digital online, que oferecem ao usuário a possibilidade de criar sua própria programação.

Flávio defendeu que a grade continuará sendo relevante. De acordo com ele, é justamente o conteúdo aberto e distribuído simultaneamente para os telespectadores, que permitirá compartilhamento de informação e repercussão na internet. “Para juntar 50 mil pessoas vendo o conteúdo ao mesmo tempo, somente com a grade", diz.

No painel, os participantes também discutiram os desafios para medir a audiência em múltiplas telas. “Conforme o consumo de conteúdo fica mais complexo, o mesmo acontece com a medição da audiência. Hoje eu posso oferecer o número de quantos dispositivos um conteúdo atingiu no total, contando todas as telas. Mas qual a sobreposição nesse número? Não sei, e se algum grupo no Brasil disser que sabe, está mentindo”, disse Coutinho.

Confira os principais momentos do painel:

Conceito tradicional de grade horária está desaparecendo

Debate: o futuro da grade de programação

O desafio de medir a audiência em múltiplas telas
 

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