Sicav, Stic e Firjan publicam protocolo para retomada audiovisual

Foi publicado no site do Sicav – Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual nesta segunda, 22, Protocolo de Segurança e Saúde no Trabalho Audiovisual Para Retomada Audiovisual das Atividades no Âmbito da Pandemia de Covid-19. Desenvolvido em parceria entre Sicav, STIC – Sindicato Interestadual dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual e Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, além de órgãos públicos de saúde e cultura.

A ideia, explicou o presidente do Sicav a este noticiário, Leonardo Edde, é funcionar como uma guia de diretrizes para que cada empresa produtora e cada produção possa criar o seu próprio protocolo, de acordo com a sua realidade. O documento descreve medidas técnicas e organizacionais básicas para avaliação de risco e prevenção do contágio, destacando que está sujeito a alterações. "Na pandemia, nada é definitivo. As recomendações são revistas semana-a-semana pelos órgãos públicos. O documento precisa acompanhar as atualizações de diretrizes e legislações", explica Edde. A primeira revisão do documento está prevista para o dia 5 de julho.

As datas de retomada das atividades, conforme explica o documento, serão determinadas pelos governos locais, de acordo com a situação da saúde em cada região. No entanto, o documento aponta que deverá ser gradual e dividida em fases, começando pelas produções de conteúdo e publicidade menores:
* Fase 1 – Em respeito às medidas mais restritivas do poder público (distanciamento, isolamento social ou lockdown), fica caracterizada a suspensão das filmagens e gravações em locações públicas e particulares. Serão realizadas apenas filmagens remotas, com deslocamento mínimo de equipe, e adotadas medidas de biossegurança que começarão a construir a cultura da proteção coletiva e individual.
* Fase 2 – Momento intermediário de flexibilização das medidas restritivas. Serão adotadas novas medidas de biossegurança e distanciamento social. Entrará em vigor quando as autoridades permitirem que a atividade do setor seja retomada, sempre atendendo às orientações e restrições do poder público, através dos decretos e determinações oficiais de cada estado e/ou município.
* Fase 3 – Fase de maior flexibilidade ou total abertura para as filmagens. Será desenvolvida a partir das experiências da fase 2, e sempre em alinhamento com o poder público.

São recomendadas a triagem prévia, através de formulário, e checagem presencial dos trabalhadores, bem como a preparação de um plano de contingência, caso algum membro da equipe apresente sintomas da Covid-19.

Na fase 1, o documento do Sicav/Stic/Firjan recomenda a adoção exclusiva de reuniões e testes virtuais, bem como a execução de parte do trabalho técnico pelo próprio elenco, sob orientação remota dos profissionais técnicos, como maquiagem e som direto. O trabalho de arte, produção de objetos e figurino deve priorizar o que já está disponível em cena ou, pelo menos, a aquisição através de lojas online. No caso do uso de equipamentos locados, as locadoras devem ser consultadas pela contratante quanto aos procedimentos de esterilização na entrega e no recebimento dos itens, sendo que todos os equipamentos devem sair da locadora devidamente desinfetados e entregues em embalagem de fácil higienização.

Já a pós-produção deve ser totalmente remota.

Na fase 2 todos os profissionais devem, sempre que possível, trabalhar remotamente. Devem evitar a circulação de itens de manuseio, como tablets, rádios comunicadores, claquete, documentos de set. Recomenda-se ainda estimular ao máximo o uso de documentos digitais.

Os profissionais que, eventualmente, precisarem se deslocar para realizar o seu trabalho, como figurinista para retirada do figurino, devem utilizar máscara, luvas, transporte individual e seguir as recomendações de higienização, transporte e circulação de cada cidade e/ou estado onde o trabalho estiver sendo realizado.

Caso não seja possível o distanciamento entre os postos de trabalho, em virtude das dimensões do local, deve ser considerada a instalação de barreiras físicas entre as mesas, como telas de acrílico. Deve-se considerar ainda a adoção de sinalização horizontal para delimitação de quadrantes que indicam a distância mínima.

Também são recomendados que contratos sejam assinados por assinatura digital, que pesquisas sejam feitas online (como de locação), limitar ao máximo as equipes técnicas, o uso de transporte individual e adaptação dos roteiros de forma a evitar cenas com contato muito próximo ou aglomeração.

Para cada fase e área técnica, o documento traz recomendações específicas. Veja o documento na íntegra aqui.

O protocolo lista ainda as "regras de ouro", que devem sempre ser observadas; a indicação de EPIs (equipamentos de proteção individual), bem como algumas instruções de uso. As medidas que devem ser adotadas são apontadas de acordo com o mapa de risco, divido em em três áreas:

* Área A – Risco Baixo – como base de produção, base de alimentação, área de fumantes;
* Área B – Risco Moderado – como base de set, base do GMA – Gerenciador de Mídias Digitais;
* Área C – Risco Alto – camarins, set de filmagem, área de monitoramento.

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