HDTV demandará mais capacidade satelital, diz Globo

A distribuição de um sinal de TV digital de alta definição (HDTV) irá demandar a contratação de mais capacidade satelital pelas emissoras de TV, disse Paulo Henrique Castro, gerente do departamento de projetos de transmissão digital da TV Globo. Será preciso comprar mais capacidade tanto para a distribuição da cabeça de rede para as afiliadas quanto para a transmissão de eventos, como jogos de futebol. Na opinião do executivo, se for para zelar pela melhor qualidade possível, seria preciso alugar um transponder inteiro usando tecnologia DVB-S2 e compressão 4:2:2 para a transmissão de HDTV. "Mas pode ser que contratemos menos que isso", acrescentou, lembrando que esta é uma decisão que não caberá a ele tomar. Um transponder inteiro equivale a 36 MHz. Hoje, a Globo usa 18 MHz para a distribuição em SDTV. Castro participou do 1º Congresso Latino-americano de Satélites nesta sexta-feira, 22, no Rio de Janeiro. O evento é organizado pelas revistas TELETIME, TELA VIVA, Convergência Latina e Converge Eventos.
A transmissão da Globo em HDTV deve começar pelos programas do horário nobre. Portanto, a contratação de mais capacidade satelital será pontual, inicialmente. ?Não poderemos contratar de imediato um transponder por 24 horas para usar por apenas 2 horas por dia?, explicou. Simultaneamente, a transmissão analógica continuará acontecendo, em um canal separado.

Alta definição X Multi-programação

De acordo com o executivo, a Globo prefere transmitir um único canal em alta definição, do que criar vários canais novos em SDTV. Por uma razão simples: não haveria disposição dos anunciantes em gastar mais dinheiro com propaganda em novos canais.
Castro acredita que o HDTV se tornará o padrão no Brasil no futuro, tal como aconteceu com a TV em cores. ?Hoje ninguém entra numa loja e pede uma TV colorida. Pede apenas uma TV. No futuro, ninguém vai entrar numa loja e pedir uma TV de alta definição. Isso será padrão?, comparou. Ele acredita que, tal como o telefone celular, os preços das TVs de alta definição cairão com o aumento da escala de produção. ?Daqui a oito anos uma TV standard no Brasil estará custando mais do que uma TV de alta definição nos EUA, por causa da escala?, afirmou.

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