Comedy Central estreia a 10ª temporada de "A Culpa é do Cabral"

"A Culpa é do Cabral", mesa redonda de humor consagrada pelo quinteto de comediantes formado por Fabiano Cambota, Nando Viana, Rafael Portugal, Rodrigo Marques e Thiago Ventura está de volta para a sua 10ª temporada. No primeiro episódio, que vai ao ar na segunda-feira, dia 25 de outubro, às 22h, no Comedy Central, os humoristas recebem "As Patroas": Marília Mendonça e Maiara & Maraisa.

No episódio de estreia, "As Patroas" cantam uma música de Cambota e se animam para o "Jogo do Palito", no qual é feita uma pergunta e, quem errar, tira um palito da torre. Tem também o clássico "Jogo do Balão" que, desta vez, conta com perguntas em comemoração aos cinco anos de "A Culpa é do Cabral". Em seguida, tem bolo e "parabéns". 

Ainda no clima de comemoração, os meninos fazem uma retrospectiva dos cinco anos de programa e das dez temporadas. "Calma Rafa" é o quadro em que Rafael Portugal dá sua opinião de um jeito meigo – ironicamente falando. Em "Filhinho da Mamãe", o quinteto convida a mãe de um dos humoristas para responder perguntas e, dependendo da resposta da mãe, o integrante tem que beber. 

Marília Mendonça e Maiara & Maraisa participam do primeiro episódio da nova temporada de "A Culpa é do Cabral"

Dinâmica 

"A gente se diverte na gravação toda, do começo ao fim, e acho que conseguimos passar para o público essa verdade. É nítido que o que a gente faz lá mostra como nós somos de verdade. No começo, as coisas eram mais na brincadeira, pra ver onde isso ia dar. Nunca imaginei que ficaríamos no ar por tanto tempo, com dez temporadas", disse Rafael Portugal em coletiva de imprensa virtual realizada nesta sexta-feira, 22 de outubro. 

Já Tiago Ventura, também presente na coletiva, falou que para o elenco o trabalho é muito natural – já para os roteiristas, que precisam se reinventar a cada temporada para seguir mantendo a qualidade do programa, o processo é mais difícil. "Pra gente, é natural e divertido. Mas quem faz o roteiro precisa pensar em não repetir temas, em criar novos quadros. Vamos inventando coisas a cada temporada. Como a gente é comediante, os quadros que já são engraçados por si só servem de gatilhos. O roteiro busca novidades e a gente segue nossa linha de raciocínio, que já estamos acostumados. Tem muito improviso também. Mas eu diria que, na prática, o roteiro traz o criativo e dá espaço pra gente opinar em cima", revelou. 

Limites do humor 

Há muitos anos os limites do humor e os temas com os quais ele pode brincar são pauta de discussão. Nesse sentido, Ventura afirma: "A gente tem, sim, muito problema com o que fala. Não tem como falar mais nada sem receber processo. Vejo isso pelo meu grupo 'Quatro Amigos'. Muitas vezes que vamos a programas de TV, determinadas coisas que falamos são cortadas". E falando especificamente sobre a falta de espaço que o humor tem na TV aberta brasileira hoje, ele analisa: "As pessoas não confiam mais no humor. E não no humor de modo generalizado, mas nos comediantes que contratam. É uma questão que mexe no bolso, as pessoas pensam até que ponto vale a pena. Os comediantes ficam em dúvida se terão espaço e liberdade na TV. Aí decidem migrar pro YouTube, mas lá não atingem a grande massa. Então essa é uma questão crítica para o público mas também nossa, dos comediantes. Se tivéssemos mais liberdade na TV aberta e diária, teríamos um humor mais ácido". 

Comédia no pós-pandemia 

O programa continuou sendo produzido mesmo durante a pandemia. Agora, com a questão mais estabilizada, os meninos refletem sobre os caminhos do humor no futuro, isto é, o espaço do riso depois de tempos tão difíceis. 

"Acho que o brasileiro é o povo que mais consome comédia. Eu ganhei muitos seguidores na pandemia e vejo essa demanda crescendo, de tanto que as pessoas estão sedentas por consumir algo que as tire dessa rotina triste. Nós nos desdobramos pra fazer piada do cotidiano sendo que o cotidiano como nós conhecíamos não existia mais. O cano da criatividade fechou um pouco. Mas acho que a comédia triplicará nesse momento pós-pandêmico. Vejo isso pelo público que vai ao meu show agora – a galera está sedenta, nunca vi um volume de risada tão alto quanto agora. Acho que o mercado vai ficar mais aquecido do que já estava", apontou Ventura. 

"Pra gente, foi um período muito complicado. Pra todos, claro, mas trabalhar com entretenimento foi bem difícil. Todas as perdas, o clima, e a gente tendo que fazer humor. No programa em si, voltamos ao começo, quando não tinha plateia. Fomos privilegiados nesse sentido porque aprendemos, ao longo da nossa história, a rir um do outro, não depender do público. Aprendemos na marra, no começo ninguém tinha experiência com televisão. Claro que quando veio a plateia e o programa se tornou conhecido a energia ficou muito melhor. Viemos do stand up, gostamos muito do palco, essa resposta imediata é muito gostosa. Então nos adequamos, voltamos ao nosso começo, focamos na gente e no rir mais um do outro. Mas não vejo a hora de voltar", completou Portugal. 

"A Culpa é do Cabral" é um formato original inspirado em "La Culpa és de Colón", programa que reúne comediantes da América Latina, também criado pelo Comedy Central. Ultrapassando a marca de dez temporadas no ar ao longo de cinco anos, os novos episódios do programa de humor para a televisão trarão 11 episódios, com duração de uma hora, além de quadros inéditos e participações especiais. Uma próxima temporada, a de número 11, já está confirmada. 

O programa é um projeto do Comedy Central, produzido pelo VIS, uma divisão da ViacomCBS, em parceria com a Kroon. 

1 COMENTÁRIO

  1. Adoro a Culpa do Cabral mas não gosto quando ficam falando muitos palavrões ou muitas besteiras, porque as vezes assist com minha família aí fica muiito desagradável, mas gosto dos meninos acho eles muiiito engraçados

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