Festival Fici completa 20 anos celebrando a produção audiovisual infantojuvenil brasileira

A edição 2022 do Festival Internacional de Cinema Infantil (FICI), cujo tema é "Viva o Cinema Brasileiro feito para crianças!", marca a celebração dos 20 anos do festival criado por Carla Camurati e Carla Esmeralda em 2003, que vem acumulando números superlativos ao longa de duas décadas, seja pelos mais de 1.800 títulos de 36 países exibidos ou pelo público superior a 2 milhões de espectadores (dos quais mais de 900 mil são alunos e professores da rede pública de ensino, muitos em seu primeiro contato com o cinema). Depois de uma mostra presencial no dia 12, no Rio de Janeiro, o FICI Online exibe gratuitamente para todo o Brasil, até 27 de novembro, 90 produções do Brasil e do exterior, na plataforma digital do festival, criada em 2020. 

"O 20º Festival Internacional de Cinema Infantil (FICI) acontece com o importante apoio da RioFilme, órgão integrado à Secretaria de Governo e Integridade Pública da Prefeitura do Rio, que tem sido determinante para a continuidade do festival, sobretudo durante os anos de pandemia, assim como contamos com o apoio de Telecine e MISTIKA Produções. Ao mesmo tempo, comemoramos 20 anos de parceria com a Globo Filmes", assinala Esmeralda, que divide a direção do festival com Carla Camurati.

"A MISTIKA tem um trabalho de fomento no audiovisual brasileiro. São mais de 20 importantes festivais apoiados todos os anos, em todas as regiões do país. O FICI tem uma história de muito respeito no nosso cinema e fazemos questão de apoia-lo todos os anos", explica Marcelo Siqueira, diretor da produtora.

Seleção de filmes 

O filme que abriu a Mostra em 18 de novembro, "Tromba Trem", de Zé Brandão, estará disponível na plataforma do festival até 27 de novembro. Na animação, Gajah, um elefante sem memória, é alçado ao status de celebridade do dia para a noite, e acaba se afastando de seus velhos companheiros de viagem no Tromba Trem. O estrelato dura pouco pois ele acaba se tornando o principal suspeito de misteriosos raptos. Desvendar o mistério só será possível com a ajuda dos amigos pré-fama: um grupo de cupins moradores de uma colônia e Duda, uma tamanduá vegetariana.

Na mostra Melhores da Telinha, que destaca produções televisivas e da internet, um dos selecionados é "Cordélicos", de Michelle Gabriel. Na animação, cinco cangaceiros são mandados para o futuro distante do ano de 3333, no Neo Nordeste, lugar dominado pelo maligno Cabra da Peste, que usurpa os recursos naturais e deixa o lugar ainda mais árido do que o sertão de onde vieram. Os viajantes do tempo encontram seres alienígenas, mutantes, robôs, naves espaciais e todo tipo de situações de perigo, tentando descobrir que mundo é aquele e como podem voltar para a sua época.

Em sua terceira edição, a mostra Nova Geração reúne filmes, em sua maioria curtas e médias metragens, que têm em comum a participação de crianças e adolescentes na produção e realização, sob a tutoria de professores e profissionais do cinema, e criados a partir de oficinas e projetos pedagógicos de instituições de ensino. "Era uma vez em Icapuí", com produção de Beatriz Lindenberg, é um projeto de alunos da rede municipal de ensino fundamental em Icapuí (CE) Projeto Animação Ambiental em parceria com o Instituto Marlin Azul. Na obra, um pescador narra, num luau em volta da fogueira, a aventura vivida em Icapuí em busca do tesouro guardado há muitas gerações.

"Tem um monstro na loja", de Jaqueline Dulce Moreira, é uma das atrações de Pequenos como você, que reúne filmes direcionados à primeira infância. Em meio a peças de artesanatos e muitas cores, o aparecimento de um monstro numa loja de artesanatos testa toda a coragem e imaginação da Ana Galocha. Numa tarde de sol, Ana Galocha vai até a loja de artesanato do bairro para ajudar com as novas mercadorias que haviam chegado naquela manhã. A menina se depara com algo assustador e que nunca havia visto, criando uma verdadeira confusão. 

A mostra Cenas da Infância conta com trabalhos que retratam a vida de diferentes infâncias ao redor do Brasil e do mundo e, nesta edição, traz títulos como "Eu nunca contei a ninguém", de Douglas Duan. Luca, um garotinho de cinco anos, é levado às pressas ao hospital para se despedir do avô no leito de morte. Durante a viagem, Luca se questiona sobre como adultos sempre escondem coisas de crianças como ele, já que seu avô não usava desses artifícios e sempre lhe dizia a verdade. No hospital, Luca lhe pergunta sobre a morte e para onde iriam depois dela. Ali, pela primeira e última vez, seu avô lhe contaria a mais triste e bela de todas as mentiras. O maior segredo que Luca já ouvira em sua vida, guardado a sete chaves.

Prêmio Brasil de Cinema Infantil 

Em apenas duas semanas, o festival recebeu 145 inscrições – 42 a mais do que em 2021 – para o Prêmio Brasil de Cinema Infantil, programa competitivo do FICI. Foram aceitos filmes de curta e longa-metragens, programas de série infanto-juvenis para TV ou Web. Os filmes selecionados serão exibidos no FICI Online, até o dia 27. 

As 39 produções selecionadas para concorrer ao prêmio serão exibidas nas sessões Histórias Animadas (+6 anos), Histórias Curtas (+8 anos) e Mostra Teen (+10 anos). O grande vencedor será eleito pelo júri especial – de jovens adultos que, quando crianças, participaram das edições anteriores do FICI. Além do tradicional troféu do festival, será concedido um prêmio de 10 mil reais em serviços de pós-produção para os vencedores das três categorias, oferecido pela MISTIKA Produções. Os vencedores serão anunciados no dia 30 de novembro.

E assim como nos anos anteriores, o público poderá escolher seus filmes preferidos dentre todas as mostras do festival, incluindo Clipes, Pequenos Como Você, Melhores das Telinhas, Cenas da Infância e Nova Geração, na categoria Voto Popular.

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