Set-top box de R$ 200 não receberá sinal de alta definição

Um engenheiro que vem acompanhando o desenvolvimento dos set-top boxes nacionais diz que a "mágica" em relação ao set-top box que a Telavo produzirá com a indiana Encore e com a Teikon, com a promessa de chegar ao mercado por cerca de R$ 200, está no uso do stream de vídeo para receptores móveis e portáteis (sinal 1-SEG). Este é o set-top que está sendo comemorado pelo governo (especialmente pelo ministro Hélio Costa) como referência de preços para a indústria.
Em outras palavras, o receptor de R$ 200 não receberia o sinal em alta definição (HDTV), mas um sinal com menor resolução e maior compressão, destinado aos telefones celulares e outros dispositivos de recepção portátil. A Telavo apresenta na Broadcast & Cable um segundo receptor, baseado em processador da ST, que deve chegar ao mercado a preços similares aos apontados pelos outros fabricantes, ou seja, na casa dos R$ 800.

Custo mínimo

Quase todos os fabricantes que estão expondo na Broadcast & Cable dizem ser impossível fabricar um set-top box ao preço proposto pelo Governo Federal. Segundo eles, o custo do processador ainda é muito alto para se chegar ao preço final de R$ 200. Dois fornecedores de tecnologia (chips) estão disputando o mercado de set-top boxes para a TV digital aberta: a ST e a Zinwell. As duas estão sendo testadas por cerca de 25 fabricantes no total.
Os preços apontados pelos fabricantes, nenhum deles fabricantes de televisores, apenas set-top boxes, ficarão entre R$ 700 e R$ 800. Conforme apurou TELA VIVA, o custo da tecnologia deve ficar em torno de US$ 100, sem contar industrialização e comercialização. E essa tecnologia embarcada representaria um quarto do preço final dos equipamentos.
Entre os que pretendem lançar os equipamentos está a Visiontec, que já conta com uma rede de distribuição de equipamentos para recepção satelital. A empresa aposta em duas linhas de produtos. Uma para o consumidor que já conta com televisores HD de LCD ou plasma, que contará com saídas HDMI e de áudio digital. Outro seria para os usuários urbanos de antenas parabólicas, que não recebem um bom sinal de TV aberta. Estes equipamentos contariam apenas com uma saída de vídeo composto e áudio estéreo. A empresa trabalha para lançar os equipamentos no final do ano já com o middleware Ginga.

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