Canal Futura lança faixa de programação infantil

O Canal Futura lança no próximo dia 5 de abril sua faixa de programação infantil educativa, com animações, séries e programas produzidos em diferentes partes do mundo. A nova programação trará conteúdos inéditos que reforçam o apoio à agenda de direitos da infância e da adolescência e marca o início do "Mês da Educação" – em 28 de abril é comemorado o Dia da Educação. 

Organizada por faixas etárias – de três a sete anos e de oito a 12 anos – a programação educativa vai abordar, de forma lúdica, temas como protagonismo infantil, diversidade, inclusão, cultura, inovação, convivência na escola, resolução de conflitos, relações familiares e empatia com conteúdos que desenvolvem habilidades adequadas a cada idade. O conteúdo se alinha às diretrizes de aprendizagem da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), atuando em áreas do conhecimento como ciência, matemática, alfabetização, linguagens e socialização. 

A nova grade vai ao ar de segunda a domingo, das 7h às 9h, e de segunda a sexta, das 17h às 18h, com distribuição multiplataforma do Futura também pelos Canais Globo e Globoplay, com acesso gratuito.

Programação 

Desenvolvida por uma equipe multidisciplinar da Fundação Roberto Marinho em parceria com a consultoria Singular – Mídia e Conteúdo, a curadoria selecionou produções que retratam a infância a partir do ponto de vista da criança, em um painel de pluralidade e diversidade cultural. São títulos como a animação nigeriana "Bino & Fino"; as séries colombianas "Nossas Brincadeiras" e "Cienciheróis"; a argentina "Neuroquê?" e a ficção australiana "Primeiro Dia", em que a protagonista é uma adolescente transgênero e sua experiência na nova escola. 

Um dos destaques é a coprodução internacional "O dia em que me tornei mais forte", iniciativa da instituição alemã Prix Jeunesse que envolve mais de 15 países de todo o mundo e fala sobre resiliência a partir de histórias reais vividas por crianças. No Brasil, o Futura é parceiro exclusivo do projeto e produziu dois episódios – um passado em uma aldeia indígena na Amazônia e o outro em São Paulo, com crianças selecionadas a partir de fóruns e grupos de pesquisa. 

Entre as produções brasileiras da nova grade, estão animações como "Aventuras de Amí", da Bahia – que conta com a dublagem da jornalista e influenciadora digital Tia Má -; e "Bia Desenha", de Pernambuco, além da série de ficção "Tabuh!", que aborda temas sensíveis como morte e sexualidade.

"Em momentos como o que vivemos, o combate às desigualdades reforça o papel social de uma TV Educativa. Estar pronta para se adaptar às necessidades de uma geração atropelada pela pandemia é um compromisso necessário. Seja com uma história, um personagem, um contexto, uma narrativa encantadora ou até uma simples dúvida que desperte o pensamento crítico, os recursos audiovisuais podem e devem ser um bom ponto de partida para transformações", analisa José Brito, gerente do Canal Futura. 

Contexto 

O lançamento faz parte dos esforços de atuação da Fundação Roberto Marinho no apoio a estudantes, educadores e famílias em um contexto de desafios na Educação Básica, como o ensino hibrido, risco do aumento da evasão escolar e obstáculos à vivência de estudantes da pré-escola e anos iniciais do Ensino Fundamental na pandemia. Das 35 milhões de crianças brasileiras (de 0 a 12 anos incompletos), segundo dados da Pnad Contínua, 72,3% vivem em domicílios com renda per capta de até 1 salário mínimo; e 50% dos pais ou responsáveis não completaram a escolaridade básica. Ao mesmo tempo, 97% dos domicílios têm TV e celular. Os dados estão reunidos na Plataforma Juventude Educação e Trabalho, iniciativa da Fundação que oferece um panorama desses três temas no país. 

A Fundação chega a todas as faixas de idade com este lançamento, com ações dedicadas à primeira infância, para crianças e adolescentes do Ensino Fundamental e jovens do Ensino Médio. "A infância é um momento fundamental para atuar contra a defasagem na aprendizagem e no desenvolvimento. Observando os índices educacionais, vemos que a reprovação e o abandono são mais elevados no 3º ano do Ensino Fundamental e na transição dos anos iniciais para os anos finais. É aí que as crianças começam a ser deixadas para trás. Entendemos que é importante agir logo, desde cedo, para redefinir sua trajetória na Educação", pontua Wilson Risolia, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho. 

"Foi muito interessante pensar junto com a equipe do Futura os caminhos possíveis da volta de uma faixa infantil que não fosse apenas mais uma oferta de conteúdos no meio de tantas que já existem. Nela deveriam estar estampadas as questões que envolvem hoje o pensar a mídia e a infância. Como o Futura é um canal que trabalha fundamentalmente com a educação e os mediadores dessa relação entre criança e educação, tínhamos que buscar um conceito de faixa que propunha esse tipo de conversa entre as crianças, seus pais, professores, cuidadores e agentes sociais", conta Beth Carmona, Diretora de Conteúdo da Singular. 

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