Depois de rumores (dados como "certos" pela imprensa há cerca de um mês) de que o Google teria comprado o Twitch, nada aconteceu para oficializar tal transação. Porém, nesta segunda, 25, a Amazon passou por cima da indústria de boatos e oficializou a aquisição de todo o capital social do portal de streaming de videogames por US$ 970 milhões em dinheiro. A transação, que ainda precisa passar pelas aprovações regulatórias costumeiras, deverá ser finalizada já neste segundo semestre.
A operação deverá colocar a Amazon ainda mais na guerra como agregadora de conteúdo. Muito do seu modelo de negócios com tablets e smartphones próprios está vinculado à oferta de conteúdo que se pode consumir digitalmente na loja online, como filmes, livros e músicas. Com a nova plataforma, a companhia se torna ainda mais forte contra a Apple e o Google.
Isso é evidenciado pelo comunicado do CEO da Amazon, Jeff Bezos, que ressalta o potencial da plataforma: em julho, ela contava com mais de 55 milhões de visitantes únicos, que assistiram a mais de 15 bilhões de minutos de conteúdo produzido por mais de um milhão de usuários, que incluem jogadores individuais, desenvolvedoras e editoras de games, além de organizações de esporte. "Transmitir e assistir aos jogos é um fenômeno global e o Twitch construiu a plataforma que reúne dezenas de milhares de pessoas", disse Bezos. "E, de maneira fantástica, o Twitch só tem três anos".
"Fazer parte da Amazon vai nos permitir fazer ainda mais pela nossa comunidade. Esta mudança vai significar muitas coisas boas para nossa comunidade, e vai nos permitir levar o Twicth para ainda mais pessoas pelo mundo", disse o CEO da empresa adquirida, Emmet Shear.
De forma semelhante ao que aconteceu com o YouTube, o Twitch tem criado um ecossistema de produtores de conteúdo, com um modelo de negócios também parecido e baseado em visualizações e propagandas. A plataforma está disponível nos consoles de nova geração, como PlayStation 4 e Xbox One, além de dispositivos móveis, como iPad.
