Adelphia do Brasil cresce e deve chegar ao break-even em julho

A tempestade que se abate sobre a Adelphia dos EUA praticamente não respingou na operação brasileira. Por aqui, a ViacaboTV (Adelphia Brasil) registra desde o começo do ano crescimento médio de 4% ao mês, e o ritmo está se tornando mais intenso a partir de maio, diz Paulo Martins, CEO da MSO. Com apenas três cidades onde o serviço de cable modem está disponível (Itajaí/SC, Campos/RJ e Porto Velho/RO), as vendas passam de cem unidades por semana. As mensalidades para o serviço partem de R$ 85 (com o custo do provedor). O índice de churn também está mais baixo do que no começo do ano, quando chegou a quase 3% ao mês. Agora está em 1,5%, segundo a Adelphia. Em junho deve começar a ser vendido em novas praças o pacote "popular", a R$ 29. Até lá, a estratégia da Adelphia de um único pacote (caro) rende uma receita média de R$ 70 por usuário. A surpresa é o número de pontos adicionais, que chega a mais de 45% da base e impulsiona, a venda dos canais à la carte, sobretudo o erótico.
Segundo Paulo Martins, a sucursal brasileira não enfrenta cortes de investimento especiais motivados pela crise da matriz nos EUA. Ele ressalta que o orçamento do ano está garantido e que no segundo semestre a MSO, que hoje opera basicamente em cidades do interior do Brasil, deve chegar ao ponto de equilíbrio, reduzindo ainda mais sua dependência da matriz. Nos EUA, a família Rigas, depois de uma série de denúncias e acusações de improbidade administrativa, deixou o comando da empresa fundada há 50 anos por seu patriarca (John Rigas, que também se desligou). Ativos e ações da Adelphia em nome dos ex-controladores terão que ser vendidos para cobrir dívidas até há pouco ignoradas por Wall Street e pelos acionistas minoritários, e a empresa terá uma gestão totalmente profissionalizada.

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