Dahl diz que não busca, mas consideraria recondução

Gustavo Dahl, presidente da Ancine, cujo mandato termina no dia 16 dezembro, manifestou publicamente, pela primeira vez, sua posição em relação à hipótese de sua recondução ao cargo. Em carta aberta enviada a André Sturm ,coordenador geral do FAC (Fórum do Cinema e do Audiovisual, entidade que representa grandes empresas e associações do setor audiovisual), Dahl diz que não busca permanecer no cargo, mas aceitaria a possibilidade. "(…) Não é um pleito meu, mas consideraria a proposição desde que houvesse uma manifestação suficientemente ampla dos setores cinematográfico e audiovisual. Mas, principalmente, uma sinalização inequívoca do governo sobre esta possibilidade. A prerrogativa da indicação do nome do diretor-presidente da ANCINE para sua aprovação pelo Senado Federal, pertence ao Presidente da República". Segundo Dahl, ele manifestou esta posição a algumas pessoas e entidades políticas e "mesmo setores do MinC. "Ou seja, não me encontro em luta política contra aqueles que ambicionam, uns com mais legitimidade do que outros, ocupar o próximo mandato de diretor-presidente da ANCINE. Simplesmente não descartei esta possibilidade em resposta ao generoso reconhecimento feito por aqueles que vêem algum valor no trabalho que realizei", conclui Dahl.
Ele critica a manifestação de André Sturm, que teria, em reunião do FAC, anunciado que Gustavo Dahl já teria sido avisado pelo Ministério da Cultura que não teria o apoio do órgão para uma eventual recondução. "Fui (…) procurado pelo Secretário do Audiovisual, Orlando Senna, que falando em nome do Ministro Gil, me comunicou ter sido determinada por sua Excelência, a realização de uma consulta às entidades do setor, solicitando uma lista tríplice de possíveis candidatos a uma indicação ao Presidente da República. E que a SAV já a tinha colocado em curso". Por esta razão, diz Dahl, "não posso deixar de levantar a atenção para o fato de que sua atitude de enfraquecer politicamente uma postulação que não me pertence, e ainda mais, previamente à conclusão da consulta, coloca o Ministro Gil e o Secretário Senna numa posição difícil. Alegando desde já, que o Ministro Gil não vê conveniência numa eventual recondução, entendo esteja assim sendo atropelado o processo legal e institucional, bem como a espontaneidade da consulta".
Após listar algumas de suas realizações a frente da Ancine, Gustavo Dahl conclui: "aproveito a ocasião para manifestar meu sentimento de companhia por aqueles que têm a disposição de envolver-se na ação política e na gestão institucional e administrativa do processo audiovisual brasileiro, quadros como você e Manoel Rangel".

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