Governo deve adiar switch-off em Rio Verde

(Atualizada às 21:00) O desligamento do sinal analógico em Rio Verde (GO), previsto para segunda-feira, 30, deverá de fato ser adiado, como se esperava. Em reunião do Gired (grupo de implementação da digitalização), realizada nesta sexta-feira, 27, apontou-se o que já estava previsto na portaria: como o índice de 93% dos domicílios aptos para receber a transmissão digital não foi atingido, o desligamento não deve ocorrer. Formalmente não houve votação sobre o que fazer depois, apesar do questionamento das teles.

A pesquisa do Ibope, concluída nesta semana, mostra que apena 62% dos domicílios estão digitalizados. Não se sabe ainda por quanto tempo será o adiamento, já que isso depende de uma portaria do Minicom, possivelmente a ser editada na próxima segunda, dia 30. A Anatel teria uma reunião com o ministério ainda nesta sexta, 27, à noite, para debater o assunto, segundo apurou este noticiário.

Na reunião desta sexta, o impasse entre teles e radiodifusores para alteração dos critérios de aferição continuou em clima tenso, embora com pequeno avanço: a partir de agora, os domicílios com aparelhos com tela plana serão considerados digitalizados, pressupondo que esses equipamentos podem receber os sinais da TV digital terrestre. Com essa alteração, os lares aptos em Rio Verde subiram para 69%, conforme dados do Ibope. Foi muito menos do que buscavam as teles.

Se incluísse os domicílios que têm TV aberta e paga, o número iria para 77%, ainda bem aquém da meta, argumentam os radiodifusores. Para eles, a mudança do critério não vai resolver. Eles defendem um engajamento maior do governo, com políticas públicas para facilitar a aquisição de aparelhos de TV digital pelas classes D e E, mais afetados pela crise econômica. Mas rechaçam a publicidade invasiva, que colocaria mensagens sobre o desligamento na tela dos usuários.

Questionamento

Segundo apurou este noticiário, o momento mais tenso da reunião foi quando as empresas de telecomunicações questionaram o que seria feito no caso do adiamento de Rio Verde. Segundo fontes que acompanharam  a discussão, a Anatel não aceitou colocar em debate um encaminhamento sugerido, que seria o desligamento compulsório em 60 dias, alegando que isso não estava na pauta. Ainda segundo fontes ouvidas por este noticiário, alegou-se que se o Gired não podia dar essa resposta a dois dias do desligamento e não conseguia encontrar um critério factível para a meta de desligamento, então o próprio trabalho do Gired seria questionado.

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