Oi reduz a dívida em R$ 2,5 bilhões em noves meses

O balanço do terceiro trimestre da Oi mostra que a operadora reduziu seu endividamento em R$ 2,5 bilhões nos últimos noves meses. Com a queda, a dívida líquida agora é de R$ 19,32 bilhões, o que representa uma relação de 1,9 vezes o Ebtida da companhia. De acordo com Alex Zornig, diretor financeiro e de relação com investidores da Oi, a companhia começa a colocar em prática a estratégia de redução da alavancagem anunciada no início do ano. Na teleconferência de divulgação dos resultados, Zornig disse que até março deverão acontecer os três aumentos de capital nas empresas do grupo, previstos no acordo com a PT, considerando que a Anatel conceda a anuência prévia nesta sexta, 29, quando os conselheiros da agência deliberarão sobre o assunto.
A Oi registrou, no acumulado de janeiro a setembro de 2010, lucro líquido de R$ 1,36 bilhão, revertendo resultado negativo de R$ 71 milhões registrado em igual período do ano passado. Na comparação trimestral, o lucro líquido teve uma pequena queda: de R$ 444 milhões no segundo trimestre para R$ 427 milhões no terceiro tri.
A receita líquida atingiu R$ 22,18 bilhões contra R$ 22,34 nos primeiros nove meses do ano passado. O Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciações e amortizações) consolidado alcançou R$ 7,92 bilhões, alta de 5,7% em relação ao Ebitda dos primeiros nove meses do ano passado. A margem Ebitda foi de 35,7%, contra os 33,5% registrados no mesmo período de 2009. No terceiro trimestre, o Ebitda chegou a R$ 2,71 bilhões, com margem 37%, maior margem desde a aquisição da Brasil Telecom.
Clientes
A Oi conquistou 1,9 milhão de clientes de setembro de 2009 a setembro de 2010, alcançando base de 62,4 milhões de clientes. Deste total, 20,4 milhões estavam em telefonia fixa, 37,4 milhões em telefonia móvel, 4,3 milhões em banda larga fixa e 280 mil em TV por assinatura. O crescimento foi impulsionado pelos serviços de telefonia móvel e de banda larga, que juntos representam 67% do total.
Na telefonia móvel, Zornig afirma que a estratégia durante esse ano foi de rentabilizar a base da região 1 (área original da Oi), motivo pelo qual o crescimento do número de assinantes ficou estagnado nesta região. Mas para 2011, com os aumentos de capital e a continuidade da estratégia de desalavancagem, a Oi vai aumentar a velocidade de aquisição de clientes na região 1, "mas sem fazer loucura".

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