Um ano após o lançamento, desafio da Watch Brasil é ampliar a ativação de assinantes junto aos parceiros

Um ano após seu lançamento, a Watch Brasil superou a expectativa em volume de provedores regionais (ISPs) como clientes. Segundo Maurício Almeida, cofundador da Watch Brasil, cerca de 150 ISPs contam com o seu serviço de VOD. O desafio agora, conta o executivo, é ampliar o volume de assinantes, através da revenda por parte dos ISPs parceiros.

Com cerca de 95 mil assinantes, o serviço tem potencial de chegar a uma base pelo menos cinco vezes maior, somente nos ISPs que já comercializam o serviço. 

Para ampliar a ativação do serviço, o primeiro passo foi estruturar um departamento de marketing para dar suporte à comercialização por parte dos parceiros. Com os provedores maiores, há um diálogo da Watch com os departamentos comercial e de marketing. Com a maioria dos pequenos, no entanto, a relação ainda não é profícua. "Percebemos que muitos deles funcionam como balcões. Não há um trabalho ativo de venda e pós-venda", conta o executivo. Mirando, principalmente, os provedores com este perfil, a Watch prepara workshops de marketing e vendas que serão disponibilizados aos parceiros dentro da própria plataforma.

Para Almeida, a tendência entre os ISPs é de consolidação acelerada nos próximos cinco anos, o que também deve impactar na ativação do serviço, uma vez que as operadoras maiores costumam ser melhor estruturadas em marketing e pós-vendas.

Conteúdo

Plataforma terá backoffice novo, com ecossistema de apps focado em melhorias de interface e na experiência do usuário (UX/UI). 

Com mais de 3 mil horas de vídeo na programação – incluindo séries, filmes, títulos de estúdios independentes, títulos infantis e lançamentos para locação -, a plataforma passou a ter conteúdos exclusivos, como as séries para a Geração Z da "Awesomeness", da Viacom. Segundo Maurício Almeida, a exclusividade vale por um ano e a empresa chegou a receber uma oferta financeira de um grupo maior para abrir mão da exclusividade.

A Watch também mira em outros grandes estúdios. "Estamos em negociações avançadas com Universal, BBC e Disney, por meio da Vubiquity (distribuidor deles no Brasil), o que viabiliza um potencial de aumento de 50% em entretenimento de nossa plataforma", comenta o cofundador.

A empresa redefiniu às estratégias de ação para o modelo marketplace, anunciadas como iniciativa da versão 2.0. "A Watch Brasil nasceu com a proposta de ser um agregador de conteúdo e criar um marketplace para estúdios trazerem seus conteúdos. Já oferecemos no modelo o maior aplicativo infantil, o Noggin, no entanto, o mercado do streaming cresceu muito e vem mudando em rápida velocidade. Queremos entender melhor qual será a estratégia de companhias como ESPN e Fox, por exemplo, ambas da Disney, principalmente após o lançamento da Disney+", conta o executivo.

Desenvolvimento e UX

Segundo Almeida, a Watch vem investindo em integrações com os softwares de gestão empresarial (ERPs) que hoje fazem parte do dia a dia dos ISPs e prepara outras novidades: "Estamos desenvolvendo um backoffice completamente novo para os ISPs. Além disso, todo nosso ecossistema de apps vai mudar a partir de uma nova experiência de usuário (UX) e uma interface bem mais aprimorada (UI)", conta.

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