Para Harris, desafio é monetizar as múltiplas plataformas

"Mudança é a nova constante, e a complexidade é a norma". Foi assim que o CEO da Harris, Harris Morris, definiu os tempos atuais da indústria de TV, em sua apresentação nesta quinta, 6, na IBC, em Amsterdã.
Isso porque, explicou, estão surgindo a todo o momento novos canais, novos locais de exibição, dispositivos e formatos. O desafio, diz, é como entrar nesta onda de forma rentável, ou seja, gerando receitas com todas as plataformas.
Para exemplificar, Morris, mostra que há no mundo 3,7 bilhões de espectadores de TV, e que 74% das pessoas na região Ásia-Pacífico e 72% no Oriente Médio assistem vídeos pelo celular, 40% destes diariamente. E que segundo broadcasters consultados por ele, hoje 80% do custo é gasto com serviços que geram 20% das receitas.
Do ponto de vista de um fornecedor de equipamentos, como a Harris, a resposta está vindo na forma de sistemas mais compactos e com funções múltiplas, que permitem otimizar os conteúdos já existentes.
O principal lançamento anunciado pela companhia nesta IBC é o Versio, uma solução de "channel in a box" que integra, em um único equipamento, o gerenciamento de servidores da linha Nexio, software gráfico (para inserção de títulos, gráficos etc) e sistema de automação de inserção. O diferencial, segundo ele, está na robustez do produto, todo feito com tecnologia proprietária, e que apresenta poucos defeitos, podendo ser usado em áreas mais remotas, onde não há muitas vezes mão de obra especializada para a manutenção de equipamentos mais complexos.
Outra novidade está na linha de asset management Invenio, que incorporou ferramentas de management e análise, permitindo visualizar as estatísticas sobre o uso dos conteúdos.
Embora tenha apresentado diversos lançamentos e upgrades de produtos voltados à convergência, como a linha Selenio, plataforma de mídia convergente para telcos, a Harris fez questão de dizer que sua linha de transmissores broadcast ainda é muito importante no portfólio da empresa. "Em países como o Brasil, 90% das pessoas ainda assiste apenas TV aberta", lembrou Morris, mencionando também o crescimento da TV aberta nos demais países emergentes. Ele apresentou novos modelos das linhas Flexiva e Maxiva. 
Segundo ele, a adoção do ISDB por mais países é boa, mas o mercado brasileiro sozinho já é suficiente para absorver a produção da fábrica de transmissores que a empresa tem no país. 
 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui