Mídia precisa trabalhar com consumidor multiplataforma, diz professor

Quando o conteúdo de uma empresa vai para a Internet pelas mãos dos usuários, as empresas não podem seguir uma lógica de proibição, mas sim trabalhar junto dos consumidores. "Você já perdeu o controle. Você pode parar uma pessoa, mas não todas". Essa foi a afirmação do autor do livro "Cultura da Convergência" Henry Jenkins, do MIT, para uma platéia formada por players do mercado publicitário que participaram nesta terça-feira, 7, do Maxi Mídia, que acontece até 9 de outubro, em São Paulo.
Segundo Jenkins, é preciso trabalhar com o consumidor e envolver-se com ele de tal forma, para que ele veja valor nesta parceria. No momento, para ele, empresas e consumidores falam duas línguas diferentes. "Enquanto as empresas chamam os consumidores de piratas, os consumidores falam a língua do compartilhamento", diz.
Ele disse ainda que caso o Brasil seja como em outros lugares do mundo, onde a televisão está perdendo a audiência dos jovens, é preciso fazer algo agora, onde esses jovens estão, e não esperar que eles se tornem novamente target da TV.
Na televisão, ele destaca a programação de campeonatos esportivos e reality shows, que se tornaram verdadeiros eventos. "Há de se criar motivos para que as pessoas assistam TV em tempo real", disse.
Em relação aos modelos de negócio que devem prevalecer nesse novo cenário, ele conta que os modelos que existem hoje, como o do iTunes, no qual o conteúdo é pago, ou o do Hulu, que tem conteúdo patrocinado, ou ainda aqueles em que as ações online fazem parte do orçamento (como as atrações "Lost" e "Heroes", que têm desdobramentos na Internet), devem conviver no futuro próximo.

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