Em setembro, Netflix estreia novo filme original nacional, "Confissões de uma Garota Excluída"

Novo filme nacional original da Netflix, "Confissões de uma Garota Excluída" estreia globalmente na plataforma no dia 22 de setembro. Baseado no best-seller "Confissões de uma Garota Excluída, Mal-amada e (Um Pouco) Dramática", da escritora Thalita Rebouças, o longa, que se passa no Rio de Janeiro, conta a história de uma menina de 16 anos que não se sente aceita nem na escola, nem em casa. 

"Trabalhar para o público jovem e contar histórias de personagens jovens é algo muito rico em possibilidades. É uma fase da vida em que enfrentamos dificuldades pela primeira vez, sentimentos inéditos, necessidade de tomada de decisões… É um momento turbulento e, por isso, bastante rico para a dramaturgia. Eu, como cinéfilo, sempre gostei de filmes que tratassem da juventude – de todas as formas e de todos os gêneros", conta o diretor do filme, Bruno Garotti, em entrevista exclusiva para TELA VIVA. 

Na trama, quando os pais de Tetê (Klara Castanho), desempregados, precisam se mudar para a casa dos avós dela, a adolescente é obrigada a recomeçar em outro colégio. Ela vai tentar de tudo para não sofrer bullying novamente e, quem sabe, fazer amigos e ter uma vida social. As populares Valentina (Júlia Gomes) e Laís (Fernanda Concon) não vão facilitar, mas os igualmente excluídos Davi (Gabriel Lima) e Zeca (Marcus Bessa) podem se tornar aliados e, inclusive, ajudar a abrir caminho para os "crushes" Erick (Lucca Picon) e Dudu (Caio Cabral).  

Em casa, a convivência com os pais e avós amorosos e peculiares também não vai tornar a vida da protagonista muito fácil. O núcleo familiar cômico de Tetê é formado por um elenco de peso: Júlia Rabello, Stepan Nercessian, Rosane Gofman e Alcemar Vieira. O novo lar, as novas amizades, os "crushes", as pressões, algumas situações esquisitas e o amor próprio se tornam desafios para essa garota que só gostaria de poder ser ela mesma. 

Assista ao trailer: 

"O jovem é um público que consome bastante audiovisual – até por estar enfrentando essas dificuldades pela primeira vez, ele busca diferentes perspectivas dessas situações. Eles acabam se inspirando nos personagens, pegando aquela experiência emprestada. E o livro da Thalita, especificamente, é um ótimo exemplo, porque ele parte de uma personagem que não se aceita, que tem uma visão péssima de si própria e bastante aumentada dos próprios problemas. E quando ela vai morar com os avós, tem um choque de perspectiva, sendo forçada a ver a si própria de uma nova forma. Para os avós, ela sofre à toa e não aproveita a juventude – que eles dizem ser um superpoder. Então quando trabalhamos histórias de jovens, colocamos essas questões em perspectivas que podem inspirar e divertir. A Thalita tem uma visão positiva de tudo isso. A obra dela aborda esses dramas da adolescência com positividade e alto-astral, e eu espero que o filme tenha traduzido isso para a tela", analisa Garotti. 

Lançamento no streaming 

O filme estreia globalmente na Netflix em 22 de setembro, sendo lançado de forma simultânea em todos os territórios em que a plataforma está presente. Para Rebouças (autora do livro que inspirou o longa e roteirista do filme), que também falou com exclusividade com TELA VIVA, isso é muito positivo: "Adolescente não muda – as questões são sempre as mesmas, independente da época e do lugar do mundo. Então estou super esperançosa com esse lançamento. Acabei de vender os direitos do livro para França, Espanha, Itália e Alemanha, além de Portugal. É a primeira vez que serei publicada nesses países com essa história. Isso me anima. Esse filme é o melhor que já fiz, é super fiel ao livro. E ter o interesse de grandes editoras lá fora nessa história já diz o quão universal ela é. Aqui, o livro voltou para a lista de mais vendidos depois da Netflix apenas anunciar o filme. Espero que aconteça o mesmo lá fora!". 

"O streaming de fato traz essa nova dimensão para os filmes, que estreiam e, no dia seguinte, já estão sendo vistos no mundo todo", aponta o diretor. "Isso deixa a gente um pouco zonzo", brinca ele. "Pelas redes sociais, acompanhamos comentários sobre o filme vindos do mundo inteiro. É muito interessante. É um novo caminho pra gente. Para quem gosta de contar histórias, quanto mais formas e acessos a gente tiver, melhor. Eu sou muito grato pela abertura dessa nova mídia", conclui. 

Adaptação do livro para a tela 

Thalita Rebouças já passou pela experiência de adaptar um livro seu para o cinema e, por isso, garante que o processo é natural: "Eu já me acostumei a cortar trechos e personagens das histórias. Trabalhar com o Bruno é maravilhoso especialmente nesse sentido – ele fica com muito mais pena do que eu. Normalmente, sou eu quem sugere os cortes. Quando é ele quem sugere, vem cheio de dedos e preocupações. Mas eu costumo achar as ideias geniais. Eu já sofri muito com essas adaptações mas, hoje, vejo que a cada filme que faço, mais eu gosto de criar em cima de uma história. Tem que entender que é uma adaptação. É reescrever a história, mudar coisas. Mesmo que tenha que cortar, a pessoa ainda pode ler o livro. Essa é a magia de ter uma história contada em livro e filme também". Os dois estão repetindo agora a parceria que já tiveram anteriormente em "Tudo Por um Popstar", também inspirado em um livro de Rebouças.

Para Garotti o processo é mais difícil. "Eu amo esses personagens então cortar qualquer coisa dói. Mas a gente sabe que tem que cortar – e a Thalita é muito madura nesse sentido. Além disso, a experiência que ela tem como roteirista ajuda muito. Ela já prevê quais são as adaptações que precisam acontecer. Adaptar um livro passa por escolher um recorte e fazer muitas escolhas. E, nesse ponto, é uma delícia trabalhar com ela, porque ela joga a bola pra frente e vamos criando juntos. Mas tem muita coisa maravilhosa nessa história, dava para fazer uma série com esse conteúdo".

A autora concorda: "Tem muita gente dizendo que adoraria ver a história da Tetê em uma série. Eu acho que a gente tinha que fazer. E aí, sim, colocar todas as passagens e personagens do livro que tivemos que cortar". 

Produção 

Produzido pela Panorâmica para a Netflix, "Confissões de uma Garota Excluída" é dirigido por Bruno Garotti ("Ricos de Amor", "Diários de Intercâmbio", "Tudo Por um Popstar", "Cinderela Pop"), nome por trás de sucessos juvenis do cinema brasileiro. O roteiro é de Garotti com Thalita Rebouças ("Pai em Dobro", "Tudo Por um Popstar", "Fala Sério, Mãe!), Flávia Lins e Silva e, como colaboradora, Christiana Oliveira. Já a produção é de Mara Lobão e Rodrigo Montenegro, com produção executiva de Vanessa Jardim e Augusto Medeiros.

"Confissões de uma Garota Excluída" é mais uma das produções nacionais que serão lançadas ainda neste ano pela Netflix. De julho a dezembro, conteúdos brasileiros inéditos desembarcam todos os meses, com exclusividade, no serviço de streaming – de séries ficcionais e documentais a filmes e reality shows. 

(Crédito das fotos: Laura Campanella / Netflix)

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