Para radiodifusor, celulares não terão predominância na TV móvel

A definição do padrão de TV digital vai permitir que os radiodifusores ofereçam serviços móveis a inúmeros dispositivos, com ou sem serviços interativos. ?A previsão é que os celulares representem apenas 50% desses aparelhos?, afirma Roberto Franco, diretor de tecnologia do SBT. Ele não vê antagonismo entre as redes das operadoras e radiodifusores, mas um trabalho conjunto. ?Hoje a legislação já permite a retransmissão de TV aberta em dispositivos móveis, o que a rede digital vai viabilizar assim que o padrão for definido?, disse Franco, durante debate com operadoras no 5º Tela Viva Móvel, evento promovido pelas revistas TELETIME e TELA VIVA, em São Paulo.
O SBT, a TVA e a Universidade Mackenzie testam, há um ano, a transmissão de TV aberta para dispositivos móveis com o padrão japonês ISDB, com bons resultados, segundo Franco. ?O sistema usa apenas um retransmissor para cobrir toda a cidade com a necessidade de poucos repetidores, o que torna o custo da tecnologia mais acessível?, diz o executivo. ?Hoje o telespectador médio gasta em torno de 4 horas por dia vendo TV. A partir de um dispositivo móvel é possível maximizar esse tempo, já que uma pessoa pode gastar até 3 horas em deslocamentos pela cidade?, diz Franco.
Resta saber quem vai bancar o custo do terminal, já que o telespectador que usa transporte público não vai querer pagar em torno de R$ 1 mil por um terminal que pode receber vídeo. "A discussão sobre os custos do terminal (mais simples ou integrado com celular) e qual público vai ser o alvo da nova tecnologia (classes A e B ou C e D) ainda está na ordem do dia", completa Franco.

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