Foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta, 10, o decreto de exoneração de Regina Duarte, que já havia anunciado sua saída da Secretaria Especial de Cultura há 20 dias.
Convidada para assumir a Secretaria de Cultura no final de janeiro, e após o que chamou de um "noivado", Regina Duarte assumiu a pasta no dia 4 de março propondo um diálogo permanente com o setor cultura. Apesar da promessa de "carta branca" no comando da área cultural do Governo Federal, não conseguiu compor uma equipe alinhada a ela, sofrendo vetos e a imposição de nomes ligados à ala mais ideológica do Governo Bolsonaro.
Com alta rejeição nesta ala, Regina Duarte pareceu tentar sinalizar um enquadramento à ideologia do atual governo em uma polêmica entrevista à CNN, na qual amenizou a ditadura, relativizando a violação de direitos humanos. Com a entrevista, perdeu o pouco apoio que tinha na área cultural.
Quando anunciou sua saída, alegando o desejo de ficar mais próxima à família, em São Paulo, Duarte comunicou também um "convite para fazer Cinemateca" e "ficar secretariando o Governo, dentro da Cultura, na Cinemateca". O anúncio acabou dando visibilidade à crise pela qual passa a instituição, desde a decisão do Governo Federal de romper seu contrato com a Acerp, que gere a Cinemateca Brasileira.
Regina Duarte ainda não tem cargo definido no Governo Federal.
