Obama espera que FCC mantenha neutralidade de rede nos EUA

Um dos temas defendidos na campanha à presidência dos Estados Unidos em 2008, a neutralidade de rede permaneceu como um ponto relativamente esquecido pela administração Barack Obama nos últimos anos. No entanto, o presidente norte-americano voltou a abordar o assunto na quinta-feira, 9, durante debate em uma universidade em Santa Monica, na Califórnia. Ele defendeu a neutralidade e ressaltou que a agência reguladora daquele país, a Federal Communications Commission (FCC), é um órgão independente, mas que "espera" que a entidade não permita a discriminação de tráfego de Internet.

"Eu sei que uma das coisas que as pessoas estão mais preocupadas é a priorização por pagamento, a noção de que algumas pessoas podem pagar mais e ter acesso mais exclusivo a conteúdo na Internet. Isso é algo a que eu me oponho", disse ele em resposta a uma pergunta de um dos estudantes presentes no evento. Ele reafirma a posição a favor da neutralidade defendida em 2008, alegando não ter mudado de opinião.

A questão está sendo discutida na FCC, que recebeu milhares de contribuições na consulta pública realizada recentemente nos EUA. A entidade avalia também uma grande briga pública entre forças do setor de telecomunicação: os acordos de troca de tráfego entre o provedor de conteúdo over-the-top (OTT) Netflix e operadoras, como a Comcast e a Verizon. Obama reconhece que a Comissão é uma agência independente e que pode aplicar regras sem sua influência, mas ressalta que o chairman Tom Wheeler foi indicação dele. "Agora que ele está lá, não posso ligar para ele e dizer o que precisa fazer. Mas eu tenho deixado claro e eu espero que as regras finais não façam com que se criem dois, três ou quatro tipos de Internet", declarou o presidente americano.

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