Com testemunhos inéditos de familiares, amigos, funcionários e conhecidos, o documentário "Jango no Exílio", do diretor e roteirista Pedro Isaías Lucas, estreia em 28 de março nas salas de cinema – mês em que o golpe militar completa 60 anos.
Permeado por fatos da política brasileira e internacional, o longa traz detalhes da personalidade e do dia a dia de João Goulart após o pedido de asilo feito por carta ao governo do Uruguai. No país, ele teve alguns endereços. Mudou-se primeiramente para uma casa em balneário próximo de Montevidéu e depois estabeleceu-se na capital. Comprou a Estância El Rincón, em Tacuarembó, onde viveu até exilar-se na Argentina, em 1973, após o golpe militar no Uruguai. Na Argentina, morou na fazenda La Villa, em Corrientes, onde morreu em 1976.
A vida de mudanças, os momentos de solidão e a dificuldade de realizar movimentações financeiras no Brasil são retratados no filme, que também traz detalhes do encontro com Carlos Lacerda, seu inimigo histórico, para a formação da Frente Ampla; a perseguição que sofreu no exílio, monitorado constantemente por órgãos da repressão brasileira; e da relação com Leonel Brizola. Os depoimentos dos narradores são associados a imagens de arquivo, como fotos, cartas e recortes de jornais. A equipe do longa também percorreu as fazendas e os lugares onde o ex-presidente esteve exilado.
"Jango no Exílio" contou com investimentos do FSA e será distribuído pela Synapse, selo de exibição da SOFA DGTL.