Ancine faz balanço da gestão de Gustavo Dahl

Ao fim de seu mandato de cinco anos à frente da Ancine (Agência Nacional do Cinema), o seu primeiro presidente, Gustavo Dahl, fez um balanço dos resultados da sua gestão. É na atividade de fomento que o balanço da Ancine desperta a maior atenção. Destacam-se os números sobre os resultados, além da listagem das empresas que mais investiram em projetos, através das leis e mecanismos de incentivos. Na sua maioria, foram empresas estatais e órgãos públicos as financiadoras do audiovisual. Entre os maiores investidores privados, é possível elencar: a presença de apenas um banco (Votorantim), uma tele (Brasil Telecom) e uma pessoa física (o empresário João Carlos Di Genio), empresas de siderurgia (CSN e Usiminas) e a Embraer, presente nos rankings tanto do Art. 1º quanto da Lei Rouanet.
Por exemplo, sobre os valores captados nos mecanismos de incentivo ? de 2002 a setembro de 2006: um total de R$ 564 milhões. Destes, as maiores parcelas cabem à captação via Art. 1º da Lei do Audiovisual: R$ 210 milhões; Art. 3º da Lei do Audiovisual: R$ 169 milhões; Lei Rouanet: R$ 133 milhões; e Art. 39 MP 2228/01: R$ 44 milhões. Em 2006, o maior valor captado foi pelo Art. 3º (R$ 41 milhões); o Art. 1º teve seu melhor ano em 2004 (com R$ 59 milhões) e o Art. 39 captou mais em 2005 (R$ 18 milhões).

Investidores

Entre os dez maiores investidores do Art. 1º da Lei do Audiovisual, seis são empresas ou instituições estatais, sendo o BNDES a primeira delas, seguido por: Petrobras Distribuidora, Nossa Caixa, Sabesp, Finame, Brasil Telecom, Usiminas, BNDESpar, Banco Votorantim e Embraer. Já pela lei Rouanet, o quadro de incentivadores muda pouco, com cinco estatais. A liderança está com Petrobrás, seguida por Petrobrás Distribuidora, Eletrobrás, ECT, CSN, Furnas, Brasil Telecom, Rhone Poulenc Agro Brasil Ltda., João Carlos Di Gênio e Embraer.

Gestão

A Ancine começou com 61 funcionários, encerrando outubro de 2006 com 178 ? 85% deles com nível superior, mesmo período em que seu patrimônio saltou de R$ 52 mil para r$ 3,7 milhões. Em 2006, ainda até outubro, a execução orçamentária da agência ficou em 70% do limite autorizado, que era de R$ 40,5 milhões ? a título de comparação, em 2005, o índice ficou em 96% dentre os R$ 35 milhões permitidos.

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